Sociedade | 03-05-2022 12:19

Líder do PS na Assembleia de Azambuja renuncia ao cargo para fazer avença com o município 

Foto arquivo O MIRANTE- Lúcio Costa (à esquerda) já tinha trabalhado para a Câmara de Azambuja no tempo do presidente Joaquim Ramos (à direita)

Lúcio Costa trocou o seu assento na assembleia municipal por um contrato com a Câmara de Azambuja. O antigo presidente da junta vai auferir 15 mil euros anuais.

O eleito e líder de bancada do Partido Socialista (PS) na Assembleia Municipal de Azambuja, Lúcio Costa, renunciou ao cargo na sequência de ter firmado com a Câmara de Azambuja um contrato de prestação de serviços com a durabilidade de um ano, sendo renovável por mais dois e um rendimento bruto de 15 mil euros anuais, que se traduz em 1.250 euros por mês. Para explicar a renúncia ao lugar, oficialmente comunicada na última sessão deste órgão deliberativo, realizada a 28 de Abril, o eleito que foi substituído por Alexandre Grazina, invoca “motivos pessoais”. 

A decisão de deixar o cargo para o qual foi eleito nas eleições autárquicas de 2021, causou alguma indignação aos vereadores das forças políticas da oposição à direita, Inês Louro do Chega e Rui Corça do PSD que lembraram, em reuniões do executivo anterior à comunicação da renúncia, a incompatibilidade no exercício de funções. À margem da reunião houve mesmo quem criticasse a decisão de abandonar o cargo para o qual foi eleito pela população à troca de uma avença com a autarquia. Contactado por O MIRANTE Lúcio Costa diz estar de consciência tranquila, vincando que abdicou do lugar para que tudo estivesse em conformidade com a lei.  

Segundo o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, a renúncia de Lúcio Costa ao mandato teve efeitos a 30 de Março, tendo o seu contrato com a autarquia iniciado a 1 de Abril. O autarca socialista adiantou ainda que o contrato foi celebrado após a realização de concurso público ao qual concorreram outros dois candidatos.   

Lúcio Costa passou a ser o responsável por interceder junto das associações e colectividades desportivas, culturais e de cooperar com assuntos relacionados com o turismo e revitalização urbana do concelho. Mas esta não é a primeira vez que o antigo presidente da extinta Junta de Freguesia de Vila Nova de São Pedro celebra um contrato com a câmara municipal. Num dos mandatos do ex-presidente Joaquim António Ramos, Lúcio Costa foi contratado pela autarquia numa altura em que era presidente de junta e membro da assembleia municipal. 

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