Os irmãos Marta e Tomás Leal, de 12 e 7 anos, respectivamente, vão iniciar novo ciclo de quimioterapia na próxima semana. Os médicos já definiram que Marta fará um primeiro ciclo de quimioterapia, depois será operada para retirar o carcinoma detectado no braço e terá novamente que fazer outro ciclo de quimioterapia. Tomás já tinha sido operado ao terceiro tumor maligno e fará quimioterapia ao mesmo tempo que a irmã. A família das crianças e amigos têm organizado diversas iniciativas para angariarem dinheiro de modo a poderem pagar os tratamentos, cirurgias, estadias e tudo o que necessitam.
Há cerca de duas semanas a União de Clubes Motards do concelho de Salvaterra de Magos organizou uma festa solidária onde foi possível angariar 10.270 euros. Um valor que não chega para fazer face a todas as despesas com os irmãos. Os pais de Tomás e Marta, José Luís e Paula Leal, ficam muito sensibilizados com todas as iniciativas em prol dos seus filhos mas têm noção que é necessário muito dinheiro. “Com tudo incluído deve rondar os 100 mil euros, além do que ainda está para trás. É um sufoco muito grande. Não vamos desistir, vamos sempre arregaçar as mangas e lutar mas não é fácil lidar com tantos tratamentos e cirurgias. Só queremos que os nossos filhos sejam crianças felizes”, afirma José Luís Leal.
Depois de Tomás ter sido diagnosticado, em Março deste ano, com um terceiro tumor maligno no espaço de três anos, em Abril foi diagnosticado um novo tumor em Marta. Desta vez no braço. A menina estava na clínica em Pamplona, Espanha, onde os irmãos são acompanhados quando, em exames de rotina, detectaram o tumor. Desde o primeiro carcinoma de Marta, aos 6 anos, um tumor ósseo maligno no fémur, tudo estava a correr bem com a irmã de Tomás. Assim que tiveram a certeza do novo tumor fizeram uma cirurgia para remover o esticador da perna – colocado depois de ter sido operada à perna para remover o primeiro tumor – e colocar uma nova prótese temporária.
Os pais não quiseram acreditar quando os médicos lhes deram os resultados. José Luís Leal confessa a O MIRANTE que a situação se torna angustiante. “Quando soubemos do novo tumor do Tomás levámos um murro no estômago. Agora com a Marta não estávamos de todo à espera. A minha filha nunca mais tinha tido sintomas nem qualquer sinal de que aparecesse um novo tumor. Os próprios médicos ficaram surpreendidos”, explica o pai das crianças.
Tomás teve que fazer uma cirurgia de urgência em Março deste ano depois de ter sido detectado um novo tumor. Agora, tanto Tomás como Marta têm que fazer quimioterapia em Espanha. Os pais, José Luís e Paula Leal, estão desesperados porque os tratamentos, exames, deslocações, dormidas e agora nova operação são muito caros e não têm posses para pagar as despesas.
A família de Marinhais não tem qualquer apoio do Estado. Tem sido a solidariedade de amigos e sociedade civil que permite a Marta e Tomás continuarem a lutar contra um cancro que, segundo o pai, será genético. Quem quiser ajudar a família pode fazê-lo através do IBAN PT50003507050001624813077.

Seis anos de luta contra o cancro
A luta desta família começou há cerca de seis anos quando Marta, agora com 12 anos, travou uma luta contra um osteossarcoma, um tumor ósseo maligno no fémur de uma das pernas. Após vários tratamentos de quimioterapia no Instituto Português de Oncologia, os médicos disseram que seria necessário amputar a perna para remoção do tumor. Os pais não aceitaram e foram à procura de alternativas. Encontraram uma clínica em Pamplona que lhes deu esperança. O mesmo aconteceu com Tomás.