Sociedade | 29-05-2022 06:59

PDM de Vila Franca de Xira suspenso para permitir construção de cais de contentores

contentores

Infra-estrutura a criar em Castanheira do Ribatejo deverá movimentar 10 mil contentores no primeiro ano e quase 50 mil no final da concessão de trinta anos. Navegabilidade será feita consoante as marés por causa do assoreamento do rio.

O município de Vila Franca de Xira aprovou por unanimidade e implementou na última semana a sua primeira suspensão do Plano Director Municipal (PDM), visando permitir a construção do novo terminal fluvial de contentores de Castanheira do Ribatejo enquanto são realizados os procedimentos necessários de revisão do documento.
Todas as forças políticas representadas no executivo camarário consideram o projecto de sete milhões de euros importante para o concelho, não apenas por gerar postos de trabalho mas também por ajudar a reduzir o volume de camiões que diariamente atravessam o concelho. “Terá impactos positivos na economia, turismo e ambiente. Termos um Tejo navegável em toda a extensão do nosso concelho permite crescimento económico e reforço da nossa capacidade turística”, defende o presidente do município, Fernando Paulo Ferreira.
O Porto de Lisboa movimenta anualmente mais de 12 milhões de toneladas de carga, que tem como principal destino a região norte de Lisboa e cuja expedição ocorre na sua maioria por via rodoviária, implicando uma grande pressão em concelhos como Vila Franca de Xira e Alenquer.
O terminal fluvial da Castanheira do Ribatejo é promovido pela Empresa de Tráfego e Estiva (Grupo ETE), que é hoje responsável por mais de metade do total de mercadorias movimentadas no Porto de Lisboa e faz mais de 300 viagens por ano entre os terminais de Lisboa, Mar da Palha e a Cimpor em Alhandra.
As barcaças serão movimentadas Tejo acima entre os terminais de Lisboa e Castanheira do Ribatejo por rebocadores que vão consumir 120 litros de gasóleo por hora. Os contentores vão em barcaças de modelo “Europa” com capacidade para 99 contentores cada, sem propulsão. Segundo o estudo de impacte ambiental, entre o primeiro ano de funcionamento e o trigésimo espera-se que as viagens entre os dois portos passem de uma para cinco por semana.

Navegação conforme a maré
O futuro cais da Castanheira do Ribatejo vai ser operado em modo “à maré”, ou seja, as operações de navegação serão preparadas e executadas em função das condições de maré e da altura de água no rio. Dado que os calados admissíveis para a navegação estão dependentes da amplitude das marés também a carga dentro de cada embarcação poderá variar. O cais poderá alojar entre 200 a 300 contentores e o fornecimento de energia eléctrica será assegurado por um gerador que vai consumir 50 litros de gasóleo por hora.
Numa primeira fase estima-se que o terminal empregue 12 pessoas, quatro em cada turno, podendo vir a chegar aos 18 trabalhadores numa fase posterior do projecto. O Grupo ETE prevê que 50% dos camiões que vão ao terminal fluvial carreguem e descarreguem no cais, prevendo-se 3.750 viagens de camiões no primeiro ano e, no final da concessão, perto de 73 camiões por dia.

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