Sociedade | 02-06-2022 15:00

Após 10 anos de abandono Museu do Curtume começa a ganhar vida

Augusto Pereira, antigo trabalhador numa fábrica de curtumes com antigo vereador da Câmara de Alcanena, Valdemar Henriques, cujo pai também trabalhar nos curtumes

O município aproveitou o Dia Internacional dos Museus para convidar antigos operários e industriais a contarem o que era a vida noutros tempos. Porque há memórias e histórias que não devem ser esquecidas.

Augusto Pereira mergulha na memória e aos 91 anos pouco lhe escapa. Aos 13 anos entrou numa fábrica de curtumes, para transformar a pele de animais mortos em sola para sapatos. Pelo trabalho recebia 7 escudos por dia e a O MIRANTE recorda a dureza da vida nesses tempos. “Havia muita pobreza, ali ninguém tomava banho todos os dias, suávamos muito, reflectindo-se no cheiro dentro das instalações ”, conclui. As fábricas não tinham climatização e no Inverno fazia um frio de rachar. No Verão, o calor amolecia os corpos, mas ter trabalho era essencial para “dar sustento e sentido à vida”, realça o antigo operário. 

Enquanto conversa com O MIRANTE, antes da sessão “Conversas no museu: Arquivo de Memórias – O saber-fazer da sola de Alcanena”, organizada pelo município, Augusto Pereira vai tacteando alguns artefactos que fizeram parte da sua vida e que nunca deixarão de fazer parte da sua história. É esse o objectivo do encontro, desbloquear memórias e valorizar quem muito tem por dizer sobre aqueles dias.  

*Leia a reportagem completa na edição semanal em papel desta quinta-feira 2 de Junho

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