Sociedade | 10-07-2022 12:00

Rafael Vicente e Carlos Oliveira homenageados em Samora Correia pelo amor aos cavalos

Amigos e familiares de Rafael Vicente recordaram homem apaixonado pela raça Puro-Sangue Lusitano

Rafael Vicente e Carlos Oliveira destacaram-se pelo amor aos cavalos e pela defesa da raça Lusitana. Os familiares recordam-nos como pessoas trabalhadoras e que gostavam de ajudar os outros e o desenvolvimento de uma raça importante para o país.

Familiares de Carlos Oliveira recordam a sua paixão pelos cavalos, família e futebol
Familiares de Carlos Oliveira recordam a sua paixão pelos cavalos, família e futebol

Rafael Vicente e Carlos Oliveira, criadores de cavalos de Samora Correia, foram homenageados a título póstumo pela organização do Samora Equestre, cuja quarta edição decorreu na freguesia do concelho de Benavente. Na iniciativa foi ainda homenageado Custódio Farto, já falecido, um dos mestres correeiros mais conceituados do país.
Carlos Oliveira perdeu a vida aos 51 anos. A sua esposa Keron Psillas Oliveira, fotógrafa profissional norte americana, recorda que o marido “só amava três coisas na vida : A família, os cavalos e o Benfica”. A dedicação de Carlos Oliveira recaiu sempre a favor dos cavalos nunca esquecendo, como ressalvam os filhos Sara e David Oliveira, os seus deveres enquanto pai. “Era um pai brincalhão, com muito amor para dar, muito doce, sempre orgulhoso de nós. Levava-nos com ele sempre que podia e apesar de viajar pelo mundo sempre se manteve humilde e é isso que pretendemos preservar em fotografias, vídeos e em memórias que partilhamos com a neta que não chegou a conhecer”, contam os filhos.
Este gosto por ajudar o próximo foi algo que apaixonou Keron Psillas Oliveira, que conheceu Carlos Oliveira durante uma viagem de trabalho ao Brasil. A esposa recorda-o como um homem dedicado, honrado, disposto a fazer tudo para ajudar. “Perdi a conta a quantas chamadas recebia por dia de criadores que precisavam de conselhos e ele trabalhou com todos eles”. Carlos Oliveira dedicou grande parte da vida a criar e ajudar a criar cavalos de competição cujos sucessores chegaram aos Jogos Olímpicos, outros foram para o toureio e outros ainda para o lazer. O principal objectivo da carreira de Carlos Oliveira era o de “viajar o mundo para mostrar o Cavalo Puro-Sangue Lusitano em todo o seu esplendor”.
Rafael Vicente, falecido em 2015, para além de ter sido equitador, forcado e criador de cavalos, foi o primeiro picador profissional de toiros em Portugal, algo que orgulha o filho Duarte Vicente. De entre uma vasta carreira, como o trabalho na Companhia das Lezírias ou os 20 anos enquanto forcado no Grupo do Ribatejo e no Grupo de Vila Franca de Xira, o filho recorda o pai como uma pessoa trabalhadora, dedicada, simpático e bem disposto, apesar de duro e muito rigoroso. “Ele passou-me o gosto e o vício pela tauromaquia e pelos cavalos. Eu andava sempre com ele, era o meu melhor amigo”, lembra.
Duarte Vicente tinha 18 anos quando perdeu o pai, o que o deixou “perdido e desorientado”, mas graças à ajuda da família e ao apoio de Manuel Braga, da Sociedade das Silveiras, e de Rui Madaleno, não só voltou a retomar a sua vida como começou a entender a visão do pai relativamente aos cavalos, à sua beleza e importância cultural. Actualmente mantém a profissão que popularizou o pai, na Coudelaria Oliveira Irmãos e Herdeiros, que é da família há várias gerações e onde mantém a criação com 10 éguas Puro-Sangue Lusitano.
Para Duarte Vicente o Puro-Sangue Lusitano tem sido uma raça de cavalos em constante evolução, onde cada vez mais pessoas os procuram pela sua versatilidade podendo ser criados para lazer, tauromaquia, dressage ou salto. Duarte Vicente admite que uma das razões que o move na criação de Cavalos Puro-Sangue Lusitanos é o amor à raça.

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