Sociedade | 17-08-2022 18:00

Políticos de Alvega e Concavada continuam às turras

Clara Vicente, Eduardo Jorge, António Moutinho e Joaquim Catarrinho: Movimento Independente da União de Freguesias de Alvega e Concavada agregou elementos de vários partidos, do PSD ao BE, e acabou por roubar a junta ao PS.. fotoDR

Elementos da mesa da Assembleia de Freguesia de Alvega e Concavada, no concelho de Abrantes, demitiram-se em desacordo com o presidente da junta, que foi eleito pelo mesmo movimento independente que agregou candidatos de vários quadrantes políticos.

A sessão extraordinária da Assembleia de Freguesias de Alvega e Concavada realizada a 1 de Agosto tinha como primeiro ponto a substituição da 1ª e 2ª secretárias da mesa da assembleia, que se tinham demitido, mas a reunião acabou com a demissão em bloco da mesa da assembleia de freguesia, até aqui presidida por Joaquim Catarrinho. Em causa estão divergências com o presidente da junta de freguesia, António Moutinho, que, tal como os demissionários, foi eleito pela lista do Movimento Independente da União de Freguesias de Alvega e Concavada (MIUFAC), uma plataforma eleitoral que agregou gente de vários quadrantes políticos, do PSD ao BE.
O ambiente político continua confuso e conturbado nessa união de freguesias que, recorde-se, foi obrigada a realizar eleições intercalares em Abril deste ano devido ao facto de PS, PSD e BE não terem chegado a acordo para formar o executivo da junta de freguesia após as autárquicas de 2021, ganhas pelos socialistas por escassa margem.
A recente demissão da mesa da assembleia de freguesia obriga a que na próxima reunião ordinária de Setembro seja eleita uma nova mesa da assembleia. Joaquim Catarrinho explicou a O MIRANTE que os membros da mesa da assembleia de freguesia demitiram-se por não concordarem com as atitudes do presidente da junta, António Moutinho. E não poupa nas críticas.
“O senhor presidente da junta não está a actuar como deve. Quando criámos o movimento, que integra elementos de vários partidos políticos, fizemos um acordo de cavalheiros que o presidente da junta não está a cumprir. Está numa postura de ‘quero, posso e mando’ e assim não é possível trabalhar. Eu era o presidente da mesa da assembleia de freguesia e não me davam acesso à sede da junta. Já fui dirigente e presidente da Junta de Alvega e nunca pensei que uma situação destas pudesse acontecer. Não vim para aqui para arranjar inimigos, mas gosto das coisas feitas correctamente”, lamentou Joaquim Catarrinho a O MIRANTE.
O PS apresentou uma declaração de voto em que mencionou as constantes renúncias do movimento independente e os transtornos que têm causado junto da população devido às divergências no seio do movimento independente que governa a união de freguesias desde Abril de 2022. Uma junta de freguesia, referiram os socialistas, que tinha todas as condições para governar com uma maioria absoluta confortável, mas que neste neste momento se encontra sem orçamento, com demissões, atropelos constantes à lei e num desrespeito total pelo órgão deliberativo.

Secretário da junta renunciou mas ainda não foi substituído
Esta leva de demissões no seio do movimento independente não vem de agora. Recorde-se que, em Junho, Eduardo Jorge apresentou a renúncia ao cargo de secretário da junta de freguesia, mas continua por efectivar a substituição após ter sido chumbada a proposta do executivo que apontava Mário Catarrinho Matos para o lugar. Vera Catarino, em nome dos membros do PS na assembleia de freguesia, chegou a propor ao executivo que pudesse ser incluído um ponto naquela sessão extraordinária para resolver a questão. O presidente da junta deixou claro que não estava interessado em substituir Eduardo Jorge nessa sessão.
O MIRANTE contactou o presidente da junta, António Moutinho, para mais esclarecimentos mas até ao fecho desta edição não obteve qualquer resposta.

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