Sociedade | 31-08-2022 10:00

Prostituição e tráfico de droga em Santarém

A Rua Pedro de Santarém é uma das mais movimentadas de Santarém. Com a abertura de lojas de comidas e bebidas transformou-se numa das ruas mais sujas e problemáticas da cidade

Moradores e comerciantes da Rua Pedro de Santarém sentem-se inseguros numa zona que se tem transformado num local de prostituição, tráfico e consumo de droga.

Tudo é feito à luz do dia. De noite são os barulhos e os assaltos. A semana passada roubaram uma torneira do gás canalizado que ficou aberta durante cerca de 40 minutos. Há brigas entre toxicodependentes e assaltos a garagens. O cheiro a urina é constante ao longo das arcadas dos prédios. Foram feitas dezenas de queixas à câmara, sem resposta, e a PSP já não se dá ao trabalho de ir ao local quando há queixas de barulho, mas entretanto comunicou a situação ao Ministério Público.

Vários moradores e comerciantes da Rua Pedro de Santarém, no centro da cidade, queixam-se de tráfico de droga em plena luz do dia, prostituição e consumo de droga naquela que é uma das artérias mais movimentadas de Santarém. De noite, o barulho junto a uma máquina de comida e bebida não deixa os moradores descansarem. Há pessoas sem-abrigo a dormir debaixo das arcadas da rua e à porta dos prédios. Os moradores têm que pedir licença para poderem entrar em casa.
No beco do chamado cerco de São Lázaro, toxicodependentes e prostitutas ocuparam uma casa abandonada. O espaço onde um prédio foi consumido pelas chamas há uns anos foi emparedado e agora serve de abrigo a toxicodependentes e está transformado numa lixeira.
Há cerca de uma semana roubaram uma torneira do gás canalizado que esteve aberta durante 40 minutos até a situação ser resolvida. Na zona corre a informação que anda um grupo a forçar as portas das garagens, que ficam por trás dos prédios, para roubarem. Alguns jovens que passam na zona são ameaçados com facas para lhes roubarem dinheiro. É frequente ver toxicodependentes a brigar. Há moradores que dizem que compraram um apartamento numa zona nobre da cidade e agora parece um bairro problemático. Há uma moradora que pediu a chave de outro prédio para entrar e que tem ligação interior ao seu prédio, porque estão sempre pessoas sem-abrigo na sua entrada.
Os moradores e comerciantes já apresentaram dezenas de queixas na Câmara de Santarém, mas dizem que nem sequer obtêm resposta. A PSP já enviou a informação ao Ministério Público, que é agora a esperança para que se consiga devolver a paz à rua. Alguns residentes e comerciantes com quem O MIRANTE falou dizem que ligam para a polícia a queixar-se do barulho, mas que os agentes raramente aparecem. O MIRANTE esteve no local e verificou o cheiro a urina e atrás das garagens é possível ver fezes na rua. Desde que abriram duas mercearias de cidadãos asiáticos nessa rua que os moradores e comerciantes se queixam do lixo que se acumula no chão. O problema, segundo quem vive na zona, é fazerem da entrada das mercearias um ponto de encontro, comem e bebem e deixam o lixo no chão.
Os queixosos reclamam por mais segurança na rua e temem que a situação piore quando chegar o Inverno, porque os dias são mais curtos e as pessoas vão ter medo de andar na rua e de estacionar os carros nas garagens.
Questionada por O MIRANTE, a Câmara de Santarém confirma existirem reclamações e garante estar a trabalhar para encontrar soluções. Em cima da mesa está a possibilidade de redução do horário do estabelecimento de venda de comida e bebidas “para salvaguardar o direito à habitação e ao descanso de quem vive e desenvolve as suas actividades comerciais, bem como a segurança e higiene da zona”. Sobre as más práticas ou situações ilícitas no espaço publico, a autarquia diz que são competência da Polícia de Segurança Pública.

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