Tem faltado vontade política para resolver ilegalidades na Várzea de Vialonga
Novas vozes se erguem a condenar o estado de impunidade de várias empresas que construíram instalações na várzea de Vialonga à margem das restrições do Plano Director Municipal.
O engenheiro do ambiente Hélder Careto, que trabalha no GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente e que foi líder da Comissão de Ambiente, Economia e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira no último mandato, não tem dúvidas: há um atentado ambiental em curso.
“Qualquer ocupação de uma zona húmida daquela dimensão é um problema muito sério que traz implicações severas e que são muito difíceis de resolver. Incluindo problemas decorrentes da impermeabilização dos solos e riscos de inundações dos terrenos próximos”, alerta.
O ex-autarca lembra que a fiscalização municipal devia ter actuado rapidamente e avançado com processos de embargo logo no início das ocupações da várzea e construções ilegais no local, algo que não parece ter sido feito. “Temos hoje um problema muito difícil de resolver, mas que não é impossível. É preciso apenas vontade política, que é o que tem faltado. Há um conjunto de entidades da administração pública que podiam ter actuado e não o fizeram”, critica Hélder Careto.
*Notícia desenvolvida na edição semanal em papel desta quinta-feira, 29 de Setembro