Descontentamento em Minde com mudança dos Correios
O encerramento do antigo posto dos Correios de Minde, concelho de Alcanena, e a mudança dos CTT para um balcão no edifício da junta está a indignar a população. A falta de espaço nas novas instalações e o abandono de um edifício de referência na vila são os principais motivos das reclamações. Junta garante que todos os serviços se mantêm.
O encerramento do posto dos Correios na Avenida José António de Carvalho e a relocalização do Posto CTT para um balcão no edifício da junta de freguesia de Minde está a revoltar alguns populares, que são contra a mudança. “Tínhamos um posto como deve ser e agora é só um ‘cochicho’ no rés-do-chão da Junta”, aponta um habitante, que pediu para não ser identificado. A falta de espaço para o balcão dos Correios, que partilha as instalações com o Espaço Cidadão, é uma das queixas mais comuns entre os moradores que manifestaram o seu desagrado a O MIRANTE. Nas ruas e nas redes sociais há também quem pergunte o que vai ser do antigo posto face ao receio de que fique “ao abandono” numa terra onde “tudo vai fechando”, lamenta outra popular.
A renda “astronómica” que os CTT pagavam no edifício agora encerrado, propriedade da Altice, foi o principal motivo da mudança, explica a presidente da Junta de Minde, Joaquina Fátima Ramalho, que sublinha que as antigas instalações estavam em “péssimas condições”. Além disso, acrescenta, uma vez que o Posto CTT só tinha um funcionário desde há vários anos, “não fazia sentido uma pessoa estar a trabalhar sozinha num edifício daquele tamanho”. Fátima Ramalho nega, contudo, que a relocalização, concretizada a 3 de Outubro, tenha levado à perda de serviços: “todas as valências se mantêm”, assegura.
Junta de Minde quer construir open-space
A quem questiona o porquê de os Correios não terem sido transferidos para a primeira sede dos CTT em Minde, propriedade da Junta e cedida em regime de comodato à Casa do Povo de Minde desde há vários anos, Fátima Ramalho responde que “não se justifica tirar de lá o projecto da TV Minde, que tem vindo a fazer um bom trabalho e fez um investimento no local”. A escolha do edifício da Junta para acolher o posto dos CTT, esclarece a presidente, prende-se ainda com uma candidatura “a fundos comunitários” que Fátima Ramalho quer fazer em breve, para trazer os serviços da junta, actualmente no primeiro andar, para o rés-do-chão e criar um “open-space” que reúna no mesmo espaço os CTT, o Espaço Cidadão e a Junta, adianta. Embora o projecto ainda não tenha sido lançado, a autarca espera que as obras possam estar concluídas até ao final do actual mandato, em 2025.