Sociedade | 02-11-2022 18:00

Angelina Voloshchuk: uma esperança do ténis nacional que brilha em Alverca

Angelina Voloshchuk é de Alverca e recentemente sagrouse campeã do Vale do Lobo Júnior Open

Filha de pais ucranianos e nascida em Portugal, Angelina Voloshchuk vive, treina e estuda em Alverca do Ribatejo. Campeã nacional de sub-16 e vencedora do Vale do Lobo Júnior Open, é um nome a ter em conta entre as jovens esperanças do ténis nacional. Entre os objectivos está chegar ao Grand Slam.

Sempre que pega na raquete e transpira a camisola nos courts de ténis em Alverca durante várias horas Angelina Voloshchuk, de 15 anos, tem um objectivo bem focado: vir a competir numa prova do Grand Slam mundial. É uma ambição que a motiva a trabalhar e quem tem acompanhado o seu percurso no ténis nacional nos últimos anos tem poucas dúvidas de que vai atingir essa meta.
Filha de pais ucranianos, Angelina nasceu em Portugal e mesmo não escondendo as suas raízes diz-se uma filha de Alverca, terra onde vive, treina e estuda. Já soma diversas vitórias em torneios e destacou-se, em Setembro último, com a conquista do título de campeã nacional de sub-16 alcançado no Complexo de Ténis do Jamor, em Oeiras. Foi também a vencedora do J5 Vale do Lobo Júnior Open. Para Angelina Voloshchuk, o ténis é a sua vida.
“Antes ficava muito mais nervosa e ansiosa, agora já consigo acalmar-me e antes de começar falo sempre com o meu treinador”, conta a jovem atleta a O MIRANTE. Focada, preparada para o que aí vem e muito certa do que realmente gosta de fazer, a atleta lembra que o interesse pelo ténis começou através da mãe, quando Angelina tinha quatro anos. “A minha mãe sempre gostou muito de ténis e foi quem me incentivou a experimentar. Gostei e continuei a jogar até hoje. O ténis faz-me feliz”, diz.
Está no Ahead Clube de Ténis de Alverca desde os nove anos e não há forma de despir a camisola, mesmo já tendo sido aliciada por clubes maiores. No mundo do ténis poucos duvidam que Angelina é uma estrela em ascensão, agora é preciso manter o foco, trabalho e concentração para não descarrilar. A primeira vez que competiu conseguiu chegar à final e tinha apenas sete anos. “Consegui chegar até à final e percebi logo que era o que queria fazer”, recorda.
Para não sacrificar nenhuma parte da sua vida, Angelina, que iniciou agora o 10º ano do ensino secundário; está a estudar numa escola online. Desta forma pode conciliar a escola, os treinos e os torneios sem nenhuma parte ficar prejudicada. Mesmo assim, a jovem atleta confessa que consegue sempre arranjar um tempo para estar com os amigos e para ver as suas séries de televisão.
Já teve a oportunidade de competir fora de Portugal, algo que diz fazê-la sentir mais a responsabilidade por estar a representar, de certa forma, o país.  “O ténis é um desporto muito exigente, no meu caso acredito que é mais exigente a nível mental e não tanto fisicamente. O que me faz continuar no ténis são os bons resultados que tenho estado a ter e por isso sinto-me motivada a não parar e a treinar mais”, afirma com convicção.

Trabalho como base para o sucesso

Os pais são os principais apoiantes de Angelina Voloshchuk e sentem-se muito orgulhosos com o caminho que a filha está a traçar. “Não conseguem estar sempre nas competições mas apoiam-me sempre”, sublinha, com um grande sorriso no rosto. Sobre a invasão russa à Ucrânia a atleta prefere não se pronunciar. Afinal de contas apenas o ténis lhe ocupa a mente. Admiradora de Roger Federer, tem como um dos seus objectivos entrar para o top 100 mundial e daqui a 10 anos espera estar a competir num Grand Slam, que engloba as competições mais importantes do mundo do ténis.
“Eu vejo a Angelina no circuito profissional daqui a 10 anos. Ela tem o potencial aliado ao empenho. É uma trabalhadora. Eu digo que o potencial e o talento ajudam, mas o trabalho faz o resto. Não há segredos, apenas trabalhar todos os dias”, afirma o treinador, Dário Matias, que a acompanha há vários anos.

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