Tribunal decide não levar a julgamento padre de Samora Correia suspeito de esconder abusos sexuais
Em causa estava um processo em que era acusado de ter encoberto abusos sexuais a uma criança. Heliodoro Nuno já retomou funções pastorais na paróquia de Samora Correia.
O Tribunal Judicial de Santarém decidiu não levar a julgamento o padre Heliodoro Nuno, pároco em Samora Correia, num processo em que era acusado de um crime de omissão de abuso sexual a uma menina de 12 anos, que terá sido perpetrado por um acólito e catequista, e do qual é padrinho de crisma.
Contactada por O MIRANTE, a Arquidiocese de Évora refere que a decisão do tribunal se deveu à falta de indícios e de “nenhuma vontade de encobrimento ou de menosprezar os factos e as situações. O que foi subestimado foi o risco futuro de tal voltar a acontecer.”
A actuação do pároco foi também apresentada pela Arquidiocese de Évora ao competente Dicastério, que declarou que “não se encontram elementos que configurem um delito canónico” por parte do sacerdote, que “não agiu de modo doloso”; quanto muito “pode ter sido imprudente por não ter agido de modo mais incisivo”, afirma a mesma entidade em resposta às questões colocadas.
Na sequência e em consonância com ambas decisões, civil e canónica, esclarece ainda a Arquidiocese, o padre Heliodoro Nuno retomou o exercício normal de todas as tarefas pastorais, de que tinha sido preventivamente afastado para permitir todas as averiguações, “com as quais colaborou sempre com a máxima disponibilidade”.
*Notícia em desenvolvimento