Sociedade | 06-11-2022 07:00

Esgotos continuam a correr a céu aberto em Vale do Paraíso

Sérgio Alexandre, presidente da junta de Vale do Paraíso

Algumas habitações de Vale do Paraíso não estão ligadas à rede de saneamento básico e os esgotos domésticos correm a céu aberto. Problema arrasta-se há mais de três décadas e tem sido uma dor de cabeça para a população. O presidente da junta promete resolver parte dos casos até final do mandato.

Há 31 anos que na freguesia de Vale do Paraíso, concelho de Azambuja, correm esgotos a céu aberto que, além de provocarem maus cheiros, podem estar a contaminar solos e linhas de água, representando riscos para a saúde pública. O problema devia ter sido resolvido quando, em 1991, foi substituída a rede de esgotos mas parte dos moradores, mesmo estando obrigados a ligar-se à nova rede, não fizeram a alteração. Desde então, o saneamento das suas habitações escorre para a rede de águas pluviais que vai desaguar no Ribeiro de Aveiras.
Perante a passividade na resolução do problema e os riscos que acarreta para a saúde pública, o presidente da Junta de Vale do Paraíso, Sérgio Alexandre, diz a O MIRANTE ter intenção de resolver grande parte dos casos até ao final do actual mandato autárquico. A promessa, explica, implica que a autarquia que lidera despenda de uma verba de aproximadamente três mil euros, mas primeiro é preciso que a empresa Águas de Azambuja, concessionária desse serviço, entregue o cadastro a identifique as habitações que não estão ligadas à rede de saneamento, o que ainda não aconteceu.
Sérgio Alexandre fala em queixas por parte dos habitantes da aldeia, mais frequentes em alturas de pouca pluviosidade que fazem com que os detritos se acumulem. Os casos concentram-se na Rua das Fontainhas, Rua da Água Ferrea e na zona do Vais, sendo que nesta última, sublinha o autarca, é mais complicado resolver uma vez que as habitações, por estarem abaixo do nível da rede de saneamento, precisam de bombas elevatórias.
O assunto foi também abordado na última reunião do executivo da Câmara de Azambuja, colocado pelo vereador do PSD, José Paulo Pereira, que também é residente na freguesia de Vale do Paraíso. O social-democrata considera a situação “uma vergonha na terceira década do século XXI” e um “problema de saúde pública numa extensão grande da freguesia”. Em resposta, o presidente do município, Silvino Lúcio, disse que é uma situação que tem que se resolver e que está a ser tratada com a Águas de Azambuja.

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