Esta segunda-feira assinala-se o Dia Internacional da Preguiça como forma de lembrar que o descanso é importante para o bem-estar da pessoa. Uma teoria que era seguida pelo cantor Pedro Barroso, um dos maiores cantautores portugueses, falecido a 17 de Março de 2020, que não dispensava uma sesta diária. Mas o conceito de preguiça associado à falta de vontade de prosperar ou de lutar pela melhoria da qualidade de vida ou outras é mal visto pela sociedade e alvo de reparos por líderes importantes como o Papa.

Em Maio, o Papa Francisco tinha alertado no Vaticano para a necessidade de nas suas vidas pessoais, as pessoas superarem as decepções e a preguiça. “Não se passa tempo a conversar na família, preferindo passatempos pessoais; esquece-se a oração, deixando-se dominar pelas próprias necessidades; a caridade é negligenciada, com a desculpa das emergências diárias”, alertou na altura.

Mais recentemente o Papa também veio também pedir aos autarcas que evitem fazer declarações que promovam a preguiça no combate à crise climática, a propósito da Cimeira Mundial de Autarcas do C40, em Buenos Aires. Um autarca que sabe o que é ter de lidar com a preguiça é o presidente da Junta de Vialonga, que em Julho deste ano veio publicamente acusar funcionários da autarquia de preguiça. João Tremoço disse na assembleia de freguesia que alguns trabalhadores passam os dias nos cafés e sentados a mexer nos telemóveis.

A declaração do autarca de Vialonga surgiu na sequência de ter sido questionado sobre a falta de limpeza dos espaços públicos, tendo o autarca acrescentado: “Temos muitos funcionários que pouco querem fazer ou nada, infelizmente. Têm pouco brio no que fazem. Se querem alguma coisa que nos digam, porque o que estão a fazer actualmente não é bom. Não fazem nem metade do trabalho. Temos gente que se trabalhar três horas por dia é muito”.