Sociedade | 23-11-2022 07:00

Andar de bicicleta faz bem ao ambiente, à saúde e à carteira

Andar de bicicleta faz bem ao ambiente, à saúde e à carteira
Famílias vincam que andar de bicicleta faz bem à saúde e ao meio ambiente

Vila Franca de Xira recebeu uma iniciativa de promoção do uso da bicicleta como meio de transporte e de lazer.

Perto de uma centena de pessoas aceitou o desafio de dar ao pedal. O interesse pelas duas rodas tem crescido nos últimos anos mas o conforto do automóvel ainda vai ganhando nas preferências.

Nunca é tarde para começar a pedalar, até porque faz bem à saúde, ao ambiente e à carteira. Esta foi a mensagem principal passada pela Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) no Parque Urbano de Vila Franca de Xira a 5 de Novembro, durante uma iniciativa promovida em parceria com a câmara municipal. A ideia é continuar a promover a bicicleta enquanto meio de transporte verde e saudável, com pegada ecológica zero e fazer ver a quem não quer largar o automóvel o que está a perder.
Durante um dia perto de uma centena de pessoas que quis aprender a pedalar ou voltar a fazê-lo contou com a ajuda de técnicos que deram conselhos de segurança e ajudaram a dar os primeiros movimentos em duas rodas. Irina Guerreiro, Germano Arroyo e Raquel Rodrigues, da FRC, marcaram presença para ajudar miúdos e graúdos a dar as primeiras pedaladas no mundo do ciclismo. Vila Franca de Xira tem procurado apostar na mobilidade verde, tanto na criação de postos de carregamento para automóveis eléctricos como com a criação de ciclovias nas suas frentes ribeirinhas.
Sónia Frois, de 52 anos, levou a mãe, Lurdes Frois, de 85 anos, para tentar recomeçar a andar de bicicleta. Depois de várias quedas aparatosas no passado a terem traumatizado. Ao fim de uma hora mãe e filha já conseguiam pedalar lado a lado. “Devido a alguns problemas de saúde da minha mãe ela não vai poder pedalar tanto quanto eu, como tal, já procurei por bicicletas com sidecar para levar a minha mãe a passear para todo o lado”, refere Sónia a O MIRANTE.
Sónia Frois conta que apesar de ter carta de condução começou a sentir que estava a desperdiçar a vida em filas de trânsito. Como tal, comprou uma bicicleta dobrável, que transportava no automóvel. Começou por usar a bicicleta para deslocações onde era mais difícil chegar de carro, mas garante que hoje quase só anda de bicicleta. “O município tem feito o esforço de criar ciclovias. Admitamos que nem todas estejam na melhor qualidade, mas a grande maioria é ciclável, se os automobilistas não estacionarem lá os carros, o que não é sempre culpa dos moradores. É preciso é dar estacionamento aos condutores e criar melhorias nas ciclovias”, defende.

A felicidade do mundo real
Manuela Madeira, 66 anos, levou os netos Aurora e Duarte, de 8 e 10 anos, na esperança de lhes proporcionar uma tarde de lazer ao ar livre. Já com os netos a andar de bicicleta Manuela Madeira reflecte sobre a infância, a alegria de brincar na rua, a forma como todos socializavam, os passeios de bicicleta e até as típicas quedas por descuido ou trapalhice, numa comparação que a preocupa face à realidade das gerações mais novas. “Procuro dar aos meus netos, juntamente com o resto da família, a oportunidade de se divertirem no mundo real, com bicicletas e ar livre, porque acreditamos que o facilitismo de um telemóvel, de um computador e televisão cria crianças sedentárias e isso mata qualquer processo de desenvolvimento”, defende.
Ao todo existem já no concelho de Vila Franca de Xira onze quilómetros de ciclovias e algumas localidades já podem ser ligadas de bicicleta sem necessidade de ir pela zona ribeirinha, como acontece no eixo Alverca-Póvoa de Santa Iria, pela Estrada Nacional 10, que é hoje uma avenida urbana.

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