Sociedade | 30-11-2022 15:00

A arte é o melhor anti-stress para três vizinhos de Alverca

A arte é o melhor anti-stress para três vizinhos de Alverca
Margarida Sá, António Vaz e Luís Pinto tiveram a ideia para a exposição numa reunião de condomínio

Exposição de artes plásticas «Condomínio de Talentos”, com criações de Margarida Sá, António Vaz e Luís Pinto, está em exibição até 13 de Janeiro de 2023 no salão nobre da Junta de Freguesia de Alverca.

Três artistas de Alverca do Ribatejo que vivem no mesmo condomínio descobriram numa reunião de condóminos que partilham da mesma paixão criativa. Daí surgiu uma exposição que mostra as diversas facetas da arte e que pode ser vista no salão nobre da Junta de Freguesia de Alverca. Margarida Sá, António Vaz e Luís Pinto inauguraram a 8 de Novembro a exposição colectiva “Condomínio de Talentos” que mostra meia centena de trabalhos em pintura e escultura que os artistas foram realizando nos últimos anos usando os mais variados materiais e estilos artísticos.
Foi por acaso que há mais de duas décadas as famílias dos artistas se mudaram para o mesmo condomínio em Alverca, desconhecendo que mais tarde viriam a juntar-se numa exposição conjunta. Na garagem partilhada foram deixando uma e outra obra de arte pintada, outras vezes eram vistos pelos vizinhos a pintar na garagem e as conversas foram-se mantendo na temática, com incentivos e troca de ideias.
Margarida Sá cresceu neste ambiente e sente que o apoio da família, amigos e dos vizinhos a ajudou a seguir a sua paixão pela arte. A jovem de 18 anos estuda Arte e Multimédia na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e espera um dia trabalhar na indústria do cinema. Apresentou na exposição duas dezenas de obras a óleo, grafite, aguarela e acrílico e duas esculturas. Para a jovem, toda a arte é subjectiva e, como tal, diz não se preocupar com gostos por acreditar que todos têm uma preferência.
Já Luís Pinto, 66 anos, serve-se da arte para manter a calma e o foco. Depois de uma vida de trabalho como fisioterapeuta e osteopata, onde passava até 14 horas fora de casa, a arte e a família eram os escapes. Com a pandemia passou a ficar quase todo o dia em casa o que o aproximou da arte e do vizinho António Vaz, com quem passou a trocar mais ideias. Vê a exposição como uma oportunidade de dar a conhecer o que três vizinhos podem fazer para se entreter, de forma a motivar outros a fazer o mesmo.
António Vaz, de 68 anos, conta que foi a reforma da área administrativa que acabou por impulsionar a dedicação à arte e a esta exposição. Com mais tempo em casa, foi pintando e construindo cada vez mais trabalhos em madeira que ia aos poucos acumulado na sua garagem. “Para nós é uma brincadeira, um passatempo, mas no futuro outros artistas podem fazer o mesmo, basta que os apoios se mantenham. Gostava mesmo que a freguesia e o município dessem mais apoio aos artistas. Pode ser que este seja apenas o início de algo melhor”, refere a O MIRANTE.

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