Caso do bombeiro agredido em Samora Correia segue para tribunal
Suspeito da agressão ao bombeiro que acidentalmente atropelou um cão foi identificado pela GNR e o caso seguiu para tribunal. Canídeo não estava registado e as queixas pelo seu comportamento agressivo eram frequentes.
O homem, de 27 anos, que alegadamente agrediu a murro e pontapé o bombeiro da corporação de Samora Correia, André Cardoso, foi identificado pela Guarda Nacional Republicana (GNR) e o caso já seguiu para tribunal na sequência da queixa-crime apresentada pela vítima. Na origem do crime que aconteceu na manhã de terça-feira, 22 de Novembro, esteve o facto de o bombeiro, de 22 anos, durante um serviço de transporte de doente não urgente, ter acidentalmente atropelado com a roda traseira da ambulância o cão que vivia na casa do suspeito e se encontrava solto na via pública.
De acordo com fonte da GNR, o cão, que acabou por falecer devido aos ferimentos, não estava registado – o que é obrigatório por lei - e era há vários anos queixa frequente da vizinhança e populares que se serviam da Rua do Povo Livre, em Samora Correia. De todas as vezes que eram feitos alertas, refere a mesma fonte, a Guarda deslocava-se ao local e, em algumas delas, levantou autos de contra-ordenação.
Carteiro recusa entregar correspondência após ataque
Segundo a vizinhança, era frequente o cão atropelado, assim como outros dois que pertencem à mesma moradia, correrem atrás de bicicletas e outros veículos motorizados com comportamento agressivo. Numa das vezes, recorda um vizinho que pede para não ser identificado, o animal tentou atacar um jovem que passou a correr naquela rua. Além disso, ao que O MIRANTE apurou, os cães da moradia que fica junto à Associação Recreativa e Cultural Amigos de Samora, levaram a que o carteiro, depois de ser atacado, deixasse de entregar correio, desde há meses, naquele número de polícia.
André Cardoso, recorde-se, foi agredido depois de ter saído da ambulância numa tentativa de socorrer o animal que atropelou acidentalmente com uma das rodas traseiras. Após a agressão, testemunhada por pelo menos um cidadão, o bombeiro seguiu marcha para o Hospital Vila Franca de Xira onde deixou o doente que transportava pedindo de seguida para ser ele próprio assistido.