Autarquias querem partilhar gestão das Serras de Aire e Candeeiros

Os municípios dos distritos de Santarém e de Leiria que integram o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros querem uma estratégia comum para a promoção turística e participar na gestão dessa área protegida.
Os sete municípios dos distritos de Santarém e de Leiria que integram o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) querem implementar uma estratégia comum para a promoção turística desse território, considerado de elevado potencial. O primeiro passo foi dado com a atribuição de verbas para o denominado projecto de criação de destino turístico de natureza A2Z – Território Turístico e Unificado das Serras de Aire e Candeeiros. Cada município envolvido vai contribuir com mil euros para esse fim.
A iniciativa parte da constatação de que a oferta e promoção turística no PNSAC está dispersa e sem articulação, considerando-se que o território dos sete municípios promovido de forma unificada representa um dos destinos turísticos mais relevantes a nível nacional, tendo em conta a proximidade a Lisboa e o número de percursos, de camas e de bens culturais e turísticos.
Os municípios estão também a desenvolver diligências para que seja implementado o modelo de cogestão no PNSAC, que prevê o envolvimento das autarquias na gestão dessa área protegida, em articulação com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), entidade que actualmente tutela o parque. A Câmara de Santarém já aprovou essa proposta, que será remetida para o ICNF em conjunto com as propostas semelhantes dos outros municípios, para que seja adoptado o modelo de cogestão. A legislação de 2019 sobre a matéria estabelecia que esse novo modelo de cogestão nas áreas protegidas do território nacional deveria ter entrado em vigor até 1 de Janeiro de 2021.
O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros abrange os municípios de Alcanena, Rio Maior, Santarém, Torres Novas e Ourém (no distrito de Santarém) e os de Alcobaça e Porto de Mós (no distrito de Leiria).