Condutor que atropelou jovem e fugiu em VFX vai responder na justiça
Mãe da jovem apresentou queixa nas autoridades depois do condutor ter fugido na passadeira da Rua Jacinto Nunes, nas traseiras da Câmara de Vila Franca de Xira. Foi o terceiro atropelamento no local este ano.
O condutor que no dia 23 de Novembro atropelou uma jovem de 16 anos, na passadeira da Rua Jacinto Nunes, em Vila Franca de Xira, e fugiu sem prestar assistência, já foi identificado e vai responder em tribunal. A família da menor apresentou queixa nas autoridades e a Polícia de Segurança Pública confirma a O MIRANTE que o caso está em investigação e que o expediente foi remetido ao tribunal da cidade.
A colisão aconteceu pelas 13h30 junto da chamada “passadeira da varina” quando a menor atravessava a rua com uma amiga, de 15 anos. Uma viatura de marca Nissan, que descia a rua em direcção aos correios, não conseguiu travar a tempo e embateu na vitima. Ao invés de parar e prestar assistência o condutor acelerou a fundo e fugiu em direcção à Rua Luís de Camões. Foi a vizinhança que viu o acidente e chamou os bombeiros. A menor teve de ser transportada ao hospital, fez exames e já está em casa a recuperar. A amiga escapou ilesa.
O caso gerou uma onda de contestação na cidade e só alguns dias depois foi possível aos familiares obterem a matrícula da viatura e, assim, apresentar queixa nas autoridades. A mãe da jovem, Andreia Andrade, recusa falar do caso garantindo apenas que a filha está a recuperar bem e que a queixa já foi apresentada.
Três acidentes este ano
Quem atravessa naquela passadeira sabe que os sustos são frequentes e causados sobretudo por condutores que circulam em excesso de velocidade. O mau estado da pintura da passadeira também não ajuda a ver melhor a passadeira, que está sinalizada verticalmente. Segundo a PSP, só este ano já foram registados outros dois acidentes no local, de onde resultaram danos materiais nos veículos e um ferido ligeiro.
O comandante dos bombeiros da cidade, Elviro Passarinho, admite que pode ser boa ideia estudarem-se soluções que incrementem a segurança naquele local. Já o presidente da junta de freguesia, João Santos, considera que a passadeira está bem sinalizada e é sobretudo um problema de civismo dos condutores. “É preciso estar muito distraído para descer a rua e não ver duas jovens a atravessar. Do que nos parece não há nada de errado com aquela passadeira”, defende.