Recolha de lixo porta-a-porta avança em Benavente e Samora Correia
Município vai avançar com a recolha porta-a-porta apenas nos centros históricos de Benavente e Samora Correia, abandonando a ideia inicial de implementar o serviço em todo o território concelhio.
O município de Benavente, em parceria com a Ecolezíria vai avançar com a implementação da recolha de resíduos porta-a-porta nos centros históricos de Benavente e Samora Correia, que estão a ser alvo de requalificação. A informação foi deixada na última reunião do executivo pelo presidente da câmara, Carlos Coutinho, que também é presidente do conselho de administração da empresa intermunicipal Ecolezíria.
O autarca da CDU adiantou que a implementação deste projecto-piloto “permitirá mais proficiência na recolha e vai evitar espaços onde a deposição de lixo possa acontecer”. Carlos Coutinho respondia ao vereador do PSD, Luís Feitor, que deu voz ao descontentamento da população por ter dificuldades em identificar locais para a deposição de lixo desde que começaram as obras no centro dessas localidades. No entanto, revelou ainda Carlos Coutinho, a recolha porta-a-porta não será alargada a todo o território concelhio, ao contrário do que era expectável. Isto porque, justificou, a medida iria representar um aumento de custos significativo, na ordem dos 60%, e que se iria reflectir na factura dos munícipes. Em declarações aos jornalistas, o presidente da câmara afirmou no final da reunião que esta é uma medida que se ajusta aos espaços onde vai ser implementada e que por ficar circunscrita aos centros históricos “a câmara poderá absorver” os custos que daí vão resultar, não os imputando aos munícipes na factura da água que compreende os serviços de resíduos.
“Uma coisa é uma viatura acoplar um recipiente que já está cheio. Outra é andarem dois cantoneiros com uma viatura a recolher balde a balde. No caso completo de Benavente aquilo que os estudos apontam é que eram precisas 10 viaturas para fazer esta recolha [porta-a-porta], mais 20 cantoneiros e 10 motoristas”, deu como exemplo para justificar a não implementação da medida a todo o território.