Sociedade | 09-12-2022 12:00

GNR vai ensinar tratadores do canil de VFX a lidar com cães perigosos

GNR vai ensinar tratadores do canil de VFX a lidar com cães perigosos
Presidente da Câmara de Vila Franca de Xira assinou com a GNR o novo protocolo de cooperação

Falta de alternativas no mercado obrigou Câmara de Vila Franca de Xira a recorrer aos serviços do Grupo de Intervenção Cinotécnico da GNR.

A Guarda Nacional Republicana, através do seu Grupo de Intervenção Cinotécnico (GIC), vai formar e ensinar os tratadores do canil municipal de Vila Franca de Xira a lidar com cães potencialmente perigosos ou outros que coloquem em risco a saúde e segurança da comunidade. O protocolo assinado a 21 de Novembro entre as duas entidades foi aprovado por unanimidade em reunião de câmara e tem em conta a cada vez maior exposição dos tratadores e técnicos do canil de Vila Franca de Xira a cães com comportamentos desviantes e perigosos.
O projecto-piloto é pioneiro a nível nacional e as expectativas do município é que toda a comunidade possa sair a ganhar permitindo uma mais eficaz captura de cães perigosos que possam andar à solta no espaço público e precisem de ser recolhidos pelo centro de recolha. A nível nacional não existe oferta para este tipo de formação que é legalmente obrigatória. Para colmatar essa falha a Câmara de Vila Franca de Xira convidou o GIC para colaborar com o município de forma a que se concretizasse um plano de formação que desse resposta aos trabalhadores afectos a esse serviço.

Problemas com cães não são incomuns
Nos últimos meses O MIRANTE tem noticiado diversos casos de cães de raça perigosa no espaço público que geraram alarme na comunidade e que mereceram a intervenção dos técnicos municipais de veterinária que serão agora, também, os beneficiados com as formações dadas pela GNR.
Um dos últimos casos aconteceu em Janeiro, em Vialonga, com a comunidade a ficar em sobressalto por causa de vários ataques de uma matilha de cães que andava à solta no espaço público e que atacava pessoas e bens, em especial durante a noite. A Guarda Nacional Republicana recebeu pelo menos três queixas de condutores que viram as suas viaturas danificadas pelos animais e uma mulher que se deslocava para o posto de saúde também foi mordida ao tentar fugir.
O impacto mediático da situação e a intervenção dos serviços técnicos da câmara permitiu depois identificar o dono dos animais que assumiu o compromisso de os confinar à sua propriedade e o caso, ao que tudo indica, ficou resolvido.
Mais recentemente, em Outubro, no vizinho concelho de Benavente, uma moradora foi atacada e mordida por um cão nas escadas do prédio onde reside, no bairro da Ribasor, e teve de ser assistida no Hospital de Santarém. Só no ano passado a PSP e a GNR registaram 1.494 ataques de cães, uma média de quatro ataques por dia.

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