Turistas nacionais e estrangeiros aumentaram o número de visitas à Falcoaria Real de Salvaterra de Magos

Reconhecimento da prática da falcoaria pela UNESCO, em 2016, teve reflexos positivos no concelho de Salvaterra de Magos, há séculos ligado a essa actividade. Visitantes aumentaram de 3 mil para 15 mil por ano.
O reconhecimento pela UNESCO da arte da falcoaria como Património Cultural Imaterial da Humanidade, em 2016, colocou a Falcoaria Real de Salvaterra de Magos e o concelho no mapa do turismo, com reflexos evidentes no número de visitantes. O presidente do município, Hélder Esménio, faz um balanço muito positivo do sexto aniversário, assinalado a 1 de Dezembro, do reconhecimento da UNESCO.
“Trouxe-nos muitos mais turistas. As pessoas, sobretudo estrangeiros e em todo o país, passaram a falar em Salvaterra de Magos. Antes da pandemia, dados de 2019, tivemos cerca de 15 mil turistas, ou seja, conseguimos multiplicar cinco vezes o número de visitantes que tínhamos, que era de cerca de três mil”, disse o autarca a O MIRANTE”, acrescentando que desde a pandemia houve uma redução no número de excursões que fez cair o número de visitantes. “Uma situação que pretendemos recuperar rapidamente”, garante Hélder Esménio, referindo que recebem visitantes de todo o país.
Quem visita o edifício da Falcoaria Real pode observar as cerca de três dezenas de aves que ali estão e assistir aos treinos assim como observar a sua perícia a capturar uma falsa presa lançada pelos falcoeiros. Para assinalar os 6º aniversário foram inauguradas as exposições “Falcoaria no Mundo” e “A Falcoaria, a minha Arte e a minha Terra”. A exposição “Falcoaria no Mundo” permite conhecer um pouco mais sobre a prática da falcoaria em 11 países dos 24 que integram o grupo da UNESCO.
“Com esta exposição pretendemos continuar a estabelecer contactos e parcerias para que a prática da falcoaria se mantenha activa e que Salvaterra de Magos e a Falcoaria Real continuem a ser uma referência e um exemplo, um local que preserva e transmite este saber ancestral, onde os falcoeiros do nosso país e do mundo se sintam em casa”, sublinha Hélder Esménio. O município criou ainda o Centro de Documentação Joaquim da Silva Correia e Natália Correia Guedes, esta que foi co-fundadora da Associação Portuguesa de Falcoaria e uma historiadora da falcoaria em Portugal.