É preciso dominar as emoções quando se está a salvar pessoas em risco de vida

Susana Amado trabalha há 27 anos no Hospital Distrital de Santarém. Actualmente é enfermeira no bloco operatório, mas já dedicou 15 anos da sua vida à Viatura Médica de Emergência e Reanimação.
Poucas são as pessoas que podem escrever no currículo que têm várias dezenas de vidas salvas; Susana Amado é uma delas. Enfermeira no bloco operatório do Hospital Distrital de Santarém, foi durante 15 anos enfermeira na VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) do INEM.
Perdeu a conta aos dias difíceis, em que foi para casa a chorar, mas não tem dúvidas de que foram mais os que a deixaram com vontade de continuar a desempenhar aquilo que diz ser a sua vocação; “ajudar o próximo”.
Uma das razões para ter abandonado a VMER foi já não se sentir em condições físicas e emocionais para dar 100% de si.
Trabalhar com pessoas em risco de vida exige um domínio muito grande das próprias emoções; levar o trabalho para casa é inevitável, assim como é o facto dessa condição mexer com a dinâmica familiar, mas a necessidade de fazer algo pelo outro é muito forte.
*Leia a reportagem desenvolvida na edição semanal em papel desta quinta-feira, 15 de Dezembro