CAP continua a mandar no CNEMA

Eduardo Oliveira e Sousa foi reeleito presidente do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas de Santarém em representação da Confederação dos Agricultores de Portugal. Câmara de Santarém mantém dois lugares na administração e a Confagri continua ostracizada.
A Câmara de Santarém mantém dois lugares no conselho de administração do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA) – o presidente Ricardo Gonçalves e agora também o vereador Nuno Russso - mas quem vai continuar a mandar na gestão do parque de exposições de Santarém é a CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal. O presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, foi reeleito no dia 16 de Dezembro presidente da administração do CNEMA e o secretário-geral da CAP, Luís Mira, continua a ser o administrador executivo. Da administração faz ainda parte Nuno Artur Duarte, indicado pela empresa NOTAI - Novas Técnicas Agrícolas e Industriais, Lda.
O advogado Ramiro Matos continua a presidir à assembleia geral, tendo como vice-presidente Mário Abreu Lima e como secretária Sofia Fontinha. O conselho fiscal tem como presidente Arnaldo Caeiro e como vogais João Peres, Gonçalo Eloy, Rui Martins e Paula Silveira. Às eleições concorreu apenas uma lista.. O mandato dura até 2025.
Confagri continua de fora
De fora da administração, onde teve assento durante vários anos, ficou novamente a Confagri (Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal), um dos accionistas de referência do CNEMA, que em 2019 foi afastada pela CAP, maior accionista da sociedade que gere o parque de exposições de Santarém.
A decisão de afastar a Confagri dos órgãos sociais do CNEMA – que era um dos principais parceiros da CAP e também fundador da instituição – prendeu-se com divergências relacionadas com uma denúncia que a Confagri terá feito ao Ministério da Agricultura relacionada com um programa comparticipado de “Aconselhamento Agrícola”, que a CAP estaria a fazer pelo telefone contrariando as boas práticas.
A denúncia produziu vários efeitos e um deles foi o corte de relações entre as duas confederações mais importantes do associativismo agrícola. O antigo ministro da Agricultura, Capoulas Santos, esteve envolvido no diferendo, uma vez que o seu chefe de gabinete, depois de receber a denúncia, a primeira coisa que fez foi enviar cópia da mesma para a direcção da CAP.