Sociedade | 24-12-2022 12:00

Populares em protesto causam desordem na Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira

Populares em protesto causam desordem na Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira
No meio da desordem uma mulher sentiu-se mal depois da votação da desagregação da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa e teve de ser assistida no local pelos bombeiros

A Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira acabou com a intenção de desagregar as freguesias unidas em 2013, ao chumbar as três propostas que já tinham passado na câmara e nas assembleias de freguesia. O PS e o CDS fizeram o pleno no voto contra. Sessão ficou marcada por momentos de tensão que obrigaram a intervenção da polícia.

Foi debaixo de gritos, confusão e de intervenção policial e dos bombeiros que o processo de desagregação das freguesias no concelho de Vila Franca de Xira morreu na assembleia municipal, chumbado pela bancada do PS com a ajuda de outros partidos, consoante os casos. Com esse desfecho, a proposta não pode seguir para discussão no Parlamento. Acabou-se assim a oportunidade do concelho reverter algumas das freguesias que foram agregadas em 2013 aquando da chamada Lei Relvas.
O Partido Socialista, que na altura foi frontalmente contra a união de freguesias, deu agora a volta aos argumentos e chumbou todas as propostas, tendo a seu lado a eleita do CDS, Filomena Rodrigues. Posição que acontece, recorde-se, numa altura em que os socialistas têm a presidência de todas as juntas de freguesia do concelho.
A assembleia municipal, realizada na tarde de 19 de Dezembro no Pavilhão do Cevadeiro, discutiu três propostas de desagregação: União da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa; Alverca do Ribatejo e Sobralinho; e Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras, tendo havido diferentes sentidos de voto para cada uma das propostas.
A desagregação da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa foi a primeira a ser chumbada, depois de ter sido aprovada por maioria em assembleia de freguesia e na câmara municipal. Os ânimos exaltaram-se e a presidente da assembleia municipal, Sandra Marcelino, teve de interromper os trabalhos. O que aconteceu depois pode ser visto no vídeo que O MIRANTE publicou online. Vários moradores não se conformaram com a votação e abordaram os autarcas, em particular Filomena Rodrigues, pedindo-lhes satisfações. A polícia foi chamada para serenar os ânimos e uma moradora sentiu-se mal e teve de ser assistida no local pelos bombeiros. A presidente da assembleia optou por não identificar às autoridades nenhum dos moradores envolvidos.
Paulo Afonso, do PS, justificou o voto contra dos socialistas dizendo que tal desagregação poderia trazer constrangimentos à gestão e considerou que a proposta não prova ter existido erro manifesto na união e que reverter o que existe não traria nenhuma mais-valia à comunidade. A oposição discordou e votou em peso favoravelmente.
Já sobre a proposta de desagregação de Alverca e Sobralinho as votações foram diferentes. Neste caso além do PS e do CDS também votaram contra a coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), por considerar que Alverca e Sobralinho obtiveram ganhos de escala e eficiência com a união. Abstiveram-se o Partido Pessoas, Animais e Natureza (PAN) e as eleitas independentes Célia Monteiro e Diana Neves. Os votos favoráveis da CDU, Bloco de Esquerda e Chega não foram suficientes para fazer passar a proposta.
Já no que diz respeito à União de Freguesias da Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras votaram contra o PS, CDS, Chega e a coligação Nova Geração. Abstiveram-se Diana Neves, Célia Monteiro e Nelson Batista do PAN. Apenas votaram a favor da proposta o Bloco de Esquerda e a CDU.

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