Autarcas de Torres Novas esperam que chaminés demolidas possam ser reconstruídas

Gerente de cadeia de supermercados justificou na última Assembleia Municipal de Torres Novas a decisão de deitar abaixo as chaminés da antiga fábrica António Alves. O risco de derrocada das estruturas foi a razão invocada. Autarcas não aceitam as desculpas do empresário.
Vasco Simões, gerente do Intermarché de Torres Novas, foi o primeiro interveniente na última sessão da Assembleia Municipal de Torres Novas. O objectivo era explicar o que se passou para que tivessem deitado abaixo duas chaminés históricas da antiga fábrica. O gestor invocou várias razões para que as chaminés tivesse que ir abaixo, mas os autarcas de Torres Novas, aparentemente, não aceitaram nenhuma das desculpas e explicações técnicas apresentadas por Vasco Simões.
Segundo O MIRANTE apurou, a mesa da assembleia municipal conseguiu evitar a entrada de uma proposta do Bloco de Esquerda (BE) para ser votada a obrigatoriedade do empresário repôr as duas chaminés. O BE terá aceite a sugestão por haver uma opinião generalizada de que primeiro deverá ser o empresário a apresentar uma solução para o problema e só depois os políticos devem tomar as suas decisões sobre o futuro daquelas obras. “O que todos esperamos é que Vasco Simões apresente uma solução para o mal que foi feito. Depois é preciso que os serviços da autarquia analisem as soluções que vão ser propostas, disse a O MIRANTE um vereador que quer ver o problema resolvido, mas também concorda que não se pode ignorar a lei nem desrespeitar os projectos sem as devidas consequências.
Para já, e segundo O MIRANTE conseguiu saber junto de fonte próxima do executivo, a solução poderá ser a recuperação de uma das chaminés que ainda está de pé, entre 3 a 4 metros da sua estrutura, assim como a obrigatoriedade de construir no local algo que lembre para sempre o que foi a antiga fábrica António Alves.
Questionado sobre o tempo que este caso pode levar, prejudicando as obras de construção do edifício do novo Intermarché, a opinião dos autarcas é unânime: “se tiver que haver consultas a organismos externos vai ser um prazo alongado; se a coisa se puder resolver internamente, certamente que a autarquia e todos os autarcas vão facilitar o processo”, disseram a O MIRANTE a maioria dos autarcas com quem falamos.