Sociedade | 02-01-2023 12:00

Nova esquadra do Entroncamento é uma promessa com 20 anos

Nova esquadra do Entroncamento é uma promessa com 20 anos
Promessa para construção de nova esquadra da PSP do Entroncamento tem mais de 20 anos

Associação Sindical dos Profissionais da Polícia diz que a velha esquadra da PSP do Entroncamento não tem condições e é um mau exemplo, acrescentando que as promessas de construção de uma nova esquadra, que se arrastam há mais de duas décadas, não são sérias.

A necessidade de novas instalações para a Polícia na cidade ferroviária esteve também em foco na assembleia municipal, com críticas à governação socialista.

As promessas de construção de uma nova esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) no Entroncamento arrastam-se há mais de duas décadas sem que o projecto saia do papel e para a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) “uma promessa que se arrasta há vinte anos e não sai do papel não é séria”.
Paulo Macedo, presidente adjunto da ASPP, conta a O MIRANTE que nas reuniões que tem com o ministro da Administração Interna diz que preferem que os anúncios de construções de novas esquadras sejam feitos quando a obra já está a decorrer e não quando ainda nem está no papel. “Muitas acabam por não sair do papel e outras ficam em fila de espera porque se dá prioridades a umas e não a outras. A esquadra do Entroncamento é daquelas que deveria ser prioritária e deixar de ser uma promessa”, vinca.
O dirigente associativo da PSP refere que os polícias, antes de prestarem serviço à população, têm que ter condições de trabalho adequadas às funções que exercem. “As condições de muitas esquadras do país, onde se inclui a do Entroncamento, estão abaixo do mínimo expectável. Quem sofre com a falta de condições de trabalho não são só os polícias, mas também a população uma vez que o trabalho da Polícia está dificultado com a falta de condições”, critica.
Paulo Macedo defende que uma esquadra tem que ter espaços adequados para as pessoas apresentarem queixa, por vezes queixas de violência doméstica que necessitam de espaços com maior privacidade e conforto. Não é o caso da esquadra do Entroncamento, localizada numa vivenda, na Rua 5 de Outubro. “A esquadra do Entroncamento é um exemplo de que os polícias não têm condições para exercer bem as suas funções. Convém ter um espaço adequado para trocar de roupa, balneários, cacifos, zonas de descanso, zona de refeições e condições adequadas a nível climatérico”, lamenta.

Obra mais uma vez em orçamento
O assunto esteve na ordem do dia na última sessão da Assembleia Municipal do Entroncamento, onde o eleito do CDS, Pedro Gonçalves, considerou “vergonhoso” que o executivo municipal, liderado pelo socialista Jorge Faria, ainda não tenha conseguido que a há muito prometida nova esquadra da PSP na cidade ainda não tenha sido construída. Pedro Gonçalves afirma que há mais de 20 anos que ouve falar numa nova esquadra e não entende como é que o executivo municipal, sendo do mesmo partido do Governo, não faz pressão para que a obra avance. “Muito mal está um partido quando não consegue fazer pressão para a esquadra da PSP avançar. Colocar a obra da PSP do Entroncamento no orçamento para 2023 e não cumprir é hipocrisia. Que 2023 seja finalmente o ano, já basta de adiamentos”, criticou o autarca do CDS.

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