Sócios da Euterpe Alhandrense aprovam orçamento cauteloso para 2023

Assembleia-geral reuniu os sócios para discutir plano e orçamento para o próximo ano. Presidente da associação reconhece fragilidade financeira devido à indemnização dada a família de um jovem falecido nas piscinas, mas pretende lutar por manter a associação com saldo positivo.
Realizar obras de remodelação das instalações, dinamizar a cultura e o desporto, concluir o pagamento do novo autocarro e amortizar os encargos da indemnização decretada pelo tribunal a um jovem que morreu nas piscinas geridas pela associação são algumas das prioridades da Sociedade Euterpe Alhandrense (SEA) para 2023.
O plano e orçamento da colectividade para o próximo ano, cujo valor ronda um milhão e meio de euros, é pautado por uma gestão apertada e cautelosa dos fundos disponíveis. O documento foi aprovado por unanimidade pelos sócios em assembleia-geral. Jorge Zacarias, presidente da SEA, diz estar confiante face à decisão dos sócios, que têm vindo a apoiar o projecto da direcção, focado no desenvolvimento da instituição.
As obras de remodelação do edifício são uma das prioridades da direcção uma vez que para além de albergar as actividades da Euterpe, o local também é casa do Conservatório Silva Marques, que necessita das melhores condições para o sucesso e progressão dos seus alunos e músicos. A isto junta-se o compromisso com o município de que terminadas as obras o conservatório passe a ser o auditório da Euterpe, algo há muito ambicionado pela comunidade.
No dia 1 de Dezembro a associação celebrou 160 anos confirmando o seu estatuto de colectividade mais antiga do concelho de Vila Franca de Xira.“Estamos focados em continuar o desenvolvimento da Euterpe, em melhorar as condições das instalações, já efectuámos parte do pagamento aos pais do jovem que infelizmente perdeu a vida nas piscinas e agora iremos pagar o restante. É algo que terá um peso grande nas contas da colectividade mas encontraremos forma de o ultrapassar”, refere Jorge Zacarias a O MIRANTE.
Sobre a indemnização pesada paga ao menor que se afogou, a rondar os 145 mil euros, o presidente da Euterpe agradece a disponibilidade e ajuda da junta de freguesia, mas lamenta que o município de Vila Franca de Xira não tenha tido a mesma atitude. “Achamos que a câmara poderia ter estado de outra forma neste processo. Podia ter havido por parte de quem gere uma atitude de procurar algum apoio que pudesse ajudar-nos a ultrapassar esta questão”, lamenta.