Sociedade | 11-01-2023 18:00

Morador da Póvoa de Santa Iria limpa sarjetas entupidas

Morador da Póvoa de Santa Iria limpa sarjetas entupidas
Sara Novais junto ao avô, Jorge Martins, que decidiu meter mãos à obra e fazer o trabalho que o poder local não fez

Moradores da Póvoa de Santa Iria elogiaram a atitude voluntariosa do morador que, mesmo com mau tempo, foi fazer o trabalho que o poder local tarda em resolver na cidade.

Como a junta de freguesia e a Câmara de Vila Franca de Xira não limpavam as sarjetas entupidas que estavam a impedir o escoamento da água na Rua António França Borges, na Póvoa de Santa Iria, um morador da cidade arregaçou as mangas e foi fazer o que o poder local tardava em resolver. Um exemplo de cidadania que rapidamente mereceu elogios pela cidade. Jorge Martins, de 68 anos, vive há vários anos naquela rua e reparando que as sarjetas estavam cheias de lixo e folhagem acumulada que impedia o normal escoamento das águas decidiu pôr mãos à obra e começou a limpar os sumidouros.
Conhecido e acarinhado por todos os vizinhos, cheio de energia e com muito boa disposição, Jorge diz que fez apenas o que tinha de ser feito para o bem de todos. Em momento algum critica a junta, referindo que há coisas que poderiam ser mais controladas e organizadas tendo em conta que é algo que acontece com frequência no local. Sara Novais, neta de Jorge, de 18 anos, confessa que ficou surpreendida com a reacção da comunidade. “O meu avô, como qualquer morador, gosta de viver num espaço limpo, foi uma questão de bom senso para todos”, acrescenta.  
Foi Susana Lopes, residente na Póvoa de Santa Iria há mais de duas décadas, que capturou em fotografia o momento de boa vontade de Jorge. A chefe de cozinha relata a O MIRANTE que a rua em questão no Inverno costuma ter estes episódios em que a água tem dificuldade em escoar. Decidiu publicar as imagens de Jorge a desentupir as sarjetas como forma de mostrar o exemplo de cidadania e de demonstrar a sua tristeza com a falta de manutenção e o descuido na limpeza das ruas em geral.
“O que o senhor fez foi uma acto de boa vontade, pois também é morador da rua e num momento em que chovia menos foi limpar a sarjetas para que as pessoas conseguissem atravessar a passadeira, mas não lhe cabe a ele fazê-lo. Antigamente havia um cuidado maior com as zonas públicas e limpeza das ruas, mas infelizmente as maiores manutenções e reparações são feitas sempre perto das eleições”, lamenta Susana Lopes.

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