Associação recusa devolver cadela perdida em Azambuja ao seu dono

João Silva acusa a Associação Abrigo, de Vale do Paraíso, de não lhe devolver a sua cadela e teme que possa já ter sido adoptada por uma nova família.
Durante três dias João Silva desdobrou-se em buscas pela sua cadela desaparecida, que afinal tinha sido recolhida da rua por uma vizinha e entregue na Associação Abrigo, de Vale do Paraíso, que cuida de animais abandonados no concelho de Azambuja. João Silva acusa a associação de não lhe querer devolver a cadela e teme que esta já tenha sido dada para adopção.
"Contactei a associação mas nunca me deixaram sequer ver a cadela, disseram-me que como não tinha chip não tinha como provar que era minha", diz a O MIRANTE, explicando que como a cadela estava consigo há pouco tempo ainda não tinha tratado do chip mas que tem em sua posse o boletim de vacinas.
João Silva apresentou queixa no posto de Azambuja da Guarda Nacional Republicana e garante que não vai desistir de tentar recuperar a cadela que ofereceu ao seu filho de sete anos pela altura do Natal. O MIRANTE contactou a Abrigo mas não obteve até ao momento qualquer resposta.
A Abrigo, fundada em 1995 e que tem ao seu cuidado perto de centena e meia de animais abandonados, é uma das associações que envia para países europeus animais para adopção. Em 2020, no âmbito de uma reportagem de O MIRANTE, a resposnável, Adélia Oliveira, afirmava que a associação tem uma política de adopção rigorosa e que através de um site internacional tinham conseguido encontrar família, no estrangeiro, para cinco animais.
A associação tem estabelecido um protocolo com a Câmara de Azambuja que todos os meses transfere uma verba de aproximadamente dois mil euros para ajudar a suportar os custos com a alimentação, despesas correntes e cuidados veterinários dos animais.