Sociedade | 13-01-2023 00:24

Associação recusa devolver cadela perdida em Azambuja reclamada por três donos

Associação recusa devolver cadela perdida em Azambuja reclamada por três donos

João Silva acusa a Associação Abrigo, de Vale do Paraíso, de não lhe devolver a cadela que diz ser sua e teme que possa já ter sido adoptada. Associação de animais alega que há três alegados donos a reclamar o mesmo animal que podem tratar-se de “criadores ilegais”. (Notícia actualizada)

Durante três dias, João Silva, afirma ter-se desdobrado em buscas pela sua cadela desaparecida, que afinal diz ter sido recolhida da rua por uma vizinha e entregue na Associação Abrigo, de Vale do Paraíso, que cuida de animais abandonados no concelho de Azambuja. João Silva acusa a associação de não lhe querer devolver a cadela e teme que esta já tenha sido dada para adopção.

"Contactei a associação mas nunca me deixaram sequer ver a cadela, disseram-me que como não tinha chip não tinha como provar que era minha", diz a O MIRANTE, explicando que como a cadela estava consigo há pouco tempo ainda não tinha tratado do chip mas que tem em sua posse o boletim de vacinas.

Abrigo teme que 'donos' possam tratar-se de criadores ilegais

A Associação Abrigo diz, em resposta ao pedido de esclarecimentos enviado por O MIRANTE, que além de João Silva existem outras duas pessoas- uma de Loures e outra de Azambuja- a reclamar a posse da mesma cadela. Como não tem chip, refere a associação, “será muito difícil definir a quem pertence o animal” e que neste caso terão que ser as autoridades a “fazer o comprovativo de posse”.

Para justificar a não entrega da cadela a João Silva- até porque não é o único a reclamá-la- a Abrigo alega que “existem criadores ilegais sem escrúpulos que querem animais para procriar” e que, por terem conhecimento dessa realidade, que “será muito difícil atribuir o animal a qualquer uma destas [três] pessoas”.

João Silva apresentou queixa no posto de Azambuja da Guarda Nacional Republicana e garante que não vai desistir de tentar recuperar a cadela que ofereceu ao seu filho de sete anos pela altura do Natal.

A Abrigo, fundada em 1995 e que tem ao seu cuidado perto de centena e meia de animais abandonados, é uma das associações que envia para países europeus animais para adopção. Em 2020, no âmbito de uma reportagem de O MIRANTE, a responsável, Adélia Oliveira, afirmava que a associação tem uma política de adopção rigorosa e que através de um site internacional tinham conseguido encontrar família, no estrangeiro, para cinco animais. A associação tem estabelecido um protocolo com a Câmara de Azambuja que todos os meses transfere uma verba de aproximadamente dois mil euros para ajudar a suportar os custos com a alimentação, despesas correntes e cuidados veterinários dos animais.

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