Sociedade | 18-01-2023 11:31

Urgências do Hospital de Abrantes a rebentar pelas costuras

Urgências do Hospital de Abrantes a rebentar pelas costuras
Urgências do Hospital de Abrantes tem tido uma afluência acima do normal - foto arquivo

Nos últimos dias chegaram à redacção de O MIRANTE várias queixas de familiares de doentes que dizem estar “esquecidos”, deitados em macas, nos corredores da unidade hospitalar do CHMT. Instituição explica que a afluência às urgências tem sido desmedida e que o problema se prende com a falta de infraestruturas.

O Serviço de Urgências do Hospital de Abrantes está a rebentar pelas costuras. Segundo informações que chegaram à redacção de O MIRANTE, há vários doentes deitados em macas espalhadas pelos corredores daquela unidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT). Familiares de doentes afirmam que os pacientes “estão esquecidos” e que os elementos dos bombeiros são obrigados a esperarem muito tempo à porta do hospital para entregarem os doentes aos cuidados dos profissionais de saúde.
Contactado por O MIRANTE, o presidente do conselho de administração do CHMT confirma que as urgências do hospital estão a funcionar com muitas dificuldades devido à afluência em grande escala de pessoas. Casimiro Ramos explica que os doentes estão a ter um tempo de internamento acima do normal, tendo em conta que chegam com diagnósticos mais simples, mas depois de realizados testes percebem que há necessidade de ficar mais dias na unidade hospitalar. “Esta realidade limita muito a capacidade de receber pessoas no serviço”, sublinha, acrescentando que a maior parte dos doentes são idosos e vêm de IPSS da região.
No dia da conversa com O MIRANTE, terça-feira, 17 de Janeiro, estavam na urgência mais de 80 pessoas quando o ideal é entre 50 a 60. O presidente refere que durante os fins-de-semana e segundas-feiras são os períodos mais conturbados e que já chegaram a ter na urgência mais de uma centena de pessoas. “As escalas estão a ser cumpridas e o serviço está a funcionar em plenitude. O problema é que não há espaço para tanta gente”, afirma, salientando que as outras duas unidades do CHMT, em Torres Novas e Tomar, estão a ser utilizadas para escoar os pacientes. “Ninguém está esquecido, os doentes estão a ser tratados. Estamos numa luta constante”, frisa.
Para prevenir mais situações idênticas Casimiro Ramos diz ser essencial realizar obras na urgência para facilitar o circuito dos doentes e garantir que não estão mais de 24 horas internados no serviço passando depois para as enfermarias das especialidades médicas adequadas.

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