Sociedade | 19-01-2023 15:00

Multa de 115 mil euros a empresa por atraso nas obras da Igreja do Alporão

Câmara de Santarém não perdoou e decidiu aplicar uma multa por incumprimento contratual à firma que executou a empreitada de conservação e beneficiação exterior da Igreja de São João de Alporão, no centro histórico da cidade.

A Câmara de Santarém decidiu aplicar uma multa contratual, no valor de 115 mil euros, à empresa a quem foi adjudicada a empreitada de conservação e beneficiação exterior da Igreja de São João de Alporão, por atraso na conclusão dos trabalhos. Segundo o contrato, a obra devia ter ficado concluída em 29 de Novembro de 2021 mas só ficou concluída no segundo semestre de 2022.

A empreitada foi consignada no dia 25 de Fevereiro de 2021 e tinha um prazo de execução de 270 dias (9 meses). No entanto, a intervenção só se iniciou no dia 14 de Maio de 2021, após os trabalhos de montagem dos andaimes e do estaleiro junto ao monumento nacional, situado no centro histórico da cidade. O montante da penalização foi aprovado pelo executivo camarário na reunião de 9 de Janeiro.

Recorde-se que a Igreja de São João do Alporão esteve encerrada desde 2012 até à realização das obras por razões de segurança, devido a problemas na estrutura. A obra foi orçada em cerca de 900 mil euros. Foi adjudicada à empresa In Situ, Conservação de Bens Culturais, Unipessoal, Lda e visou a conservação e beneficiação exterior do edifício, tendo incidido, na primeira fase, no tratamento dos paramentos exteriores e cobertura.

Com as obras na Igreja de São João do Alporão concluídas, a intenção da Câmara de Santarém é reabrir o monumento à visitação. A 18 de Maio último, em que se assinalou o Dia Internacional dos Museus, o município promoveu uma visita ao monumento e como referiu uma técnica da empresa que procedeu à consolidação das paredes da entrada principal e de uma das laterais da igreja, as pedras esboroam-se com a humidade e infiltrações e é muito difícil preservar um edifício com essas características.

Quanto ao futuro do monumento, parece certo que não voltará a ter as características de museu, apesar da valia de alguns bens que ali se encontram, de que é expoente máximo o túmulo de Dom Duarte de Menezes, alferes-mor durante o reinado de D. Afonso V, morto na defesa da praça marroquina de Alcácer-Seguer, conquistada em 1458.

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