Bemposta e Tramagal ficam sem médico de família
Oposição questionou executivo de maioria socialista na Câmara de Abrantes sobre o ponto de situação nas unidades de Bemposta e Tramagal que perderam recentemente a sua única médica de família.
A médica da Unidade de Saúde Familiar (USF) Beira-Tejo, que dava consultas na Extensão de Saúde de Bemposta e no Centro de Saúde do Tramagal, pediu exoneração do cargo, o que deixou cerca de 1.600 utentes sem médico de família. A Extensão de Saúde da Bemposta serve também alguns utentes da União de Freguesias de São Facundo e Vale das Mós. A população está a ser encaminhada para consultas na unidade de Rossio ao Sul do Tejo.
O assunto foi debatido na última reunião de câmara de Abrantes depois do vereador Vasco Damas (ALTERNATIVAcom), ter pedido esclarecimentos a Manuel Valamatos, presidente do município, sobre se a médica já foi substituída. Notando que o tema é “recorrente” nas reuniões municipais o vereador do movimento independente lamentou que a carência acontece em cada vez mais freguesias do concelho. “Volto a perguntar que soluções se perspectivam para garantir a atribuição de médico de família e a prestação de cuidados de saúde primários para consultas médicas e serviços de enfermagem a todos os cidadãos”, questionou Vasco Damas.
Manuel Valamatos referiu estar em reuniões constantes com as entidades competentes, onde tem testemunhado a preocupação dos munícipes em relação ao problema da falta de médicos. “No ACES Médio Tejo toda a gente me conhece”, contou, destacando a sua vontade em querer resolver os problemas incluindo contactos no sentido de resolver as situações mais graves. “Há um problema global nacional com a falta de médicos, sobretudo de família, para estas regiões. E não é só a nível de médico de família, é também nos hospitais. Estamos atentos e a trabalhar e queremos fazer parte da solução”, disse.