Autarcas criticam “falhas gritantes” nos centros de saúde da Póvoa e Forte da Casa

Apenas três médicos asseguram o atendimento a 40.871 habitantes. Eleitos esperam que o plano anunciado pelo Ministro da Saúde para dar resposta à falta de médicos nos cuidados primários de saúde da região de Lisboa possa dar frutos rapidamente.
Situação catastrófica, triste, vergonhosa e inconcebível digna de país de terceiro mundo. Estes são alguns dos adjectivos usados pelos autarcas da assembleia de freguesia da União de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa para classificar o estado actual de funcionamento dos dois centros de saúde da freguesia, onde ficaram apenas três médicos ao serviço para acudir a 40.871 habitantes e onde, no Forte da Casa, toda a população ficou sem médico.
São reclamadas medidas urgentes para resolver os problemas e a assembleia de freguesia reuniu na última semana de forma extraordinária para debater o problema e aprovar um quarto comunicado da comissão de saúde da freguesia, onde são dados a conhecer à comunidade os passos dados pelos eleitos para tentar minimizar um problema que não é da sua competência.
O documento foi aprovado com 17 votos a favor da bancada do PS, movimento independente de António Inácio, coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), Chega e o Bloco de Esquerda. A CDU votou contra por considerar que o documento não apresenta soluções concretas para o problema nem especifica o que aconteceu em cada uma das reuniões realizadas entre a comissão e as diferentes entidades.
* Notícia desenvolvida na edição semanal de O MIRANTE