Vila Franca de Xira quer “condições mínimas” nas paragens de autocarro
Executivo aprovou proposta do Chega onde se exorta os operadores de transportes a criar paragens com condições de segurança e dignidade para os passageiros.
Paragens em locais onde não há passeios, onde os utentes são obrigados a caminhar pela berma da estrada ou sem locais onde se abrigar do mau tempo, são alguns dos casos identificados no concelho de Vila Franca de Xira que o executivo municipal quer agora resolver.
Numa proposta do Chega aprovada por maioria em reunião de câmara, com os votos contra da CDU, a abstenção do PS e o voto favorável do presidente da câmara, o município exorta as entidades responsáveis pelas paragens a garantir condições mínimas de utilização, limpeza, segurança e protecção e uma intervenção de limpeza e recuperação nas paragens que sejam responsabilidade do município.
Barreira Soares, do Chega, mostrou vários casos de novas paragens colocadas pela Carris Metropolitana em locais inacessíveis aos utilizadores dos transportes públicos e criticou a situação, dizendo que só alguém sem uso das suas plenas faculdades poderia ter realizado aquele tipo de colocação no território.
“Isto não pode ser uma paragem. É arriscado esperar pelo autocarro nestas condições. Não vamos ficar com as mãos manchadas de sangue. Vamos obrigar quem ganha dinheiro com isto a resolver”, apelou.
O presidente do município, Fernando Paulo Ferreira, não inviabilizou a proposta por considerar que ainda irão existir, ao longo do ano, ajustes na operação por parte da Carris Metropolitana mediante também as opiniões dos utilizadores. O autarca explica que já foi feito um levantamento e geo-referenciação de todas as paragens existentes no concelho e que as 98 principais, da responsabilidade da firma JCDecaux, estão bem mantidas pela empresa. “As restantes são propriedade ou de gestão e conservação das juntas de freguesia. Estamos em cima deste assunto e ele será evolutivo ao longo do tempo”, garante o autarca.