Sociedade | 24-01-2023 18:00

Vila Franca de Xira critica falta de médicos e estuda soluções de emergência

Vila Franca de Xira critica falta de médicos e estuda soluções de emergência
Utentes do concelho têm protestado, como aconteceu em Alhandra na última semana, mas as soluções tardam em aparecer

Presidente da Câmara de Vila Franca de Xira pediu reunião urgente com o ministro da Saúde e vai reunir com as comissões de utentes. Ideias de recurso em cima da mesa passam por aumentar teleconsultas nos balcões SNS 24 ou implementar o projecto Bata Branca no concelho.

A falta de médicos no concelho de Vila Franca de Xira agudizou-se no arranque do ano e depois dos centros de saúde de Alhandra e Forte da Casa terem ficado sem médicos é a vez do Centro de Saúde da Castanheira do Ribatejo se preparar para também ficar sem o médico que está ao serviço devido a aposentação. A concretizar-se esse cenário ficarão seis mil pessoas sem acesso a médico de família naquela união de freguesias.
A situação é dramática e o presidente do município, Fernando Paulo Ferreira, já anunciou ter entregue um pedido urgente de reunião com o ministro da Saúde e a direcção do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para discutir o que diz ser a penúria de médicos no seu território e a necessidade urgente de alguma coisa ser feita. O autarca vai também solicitar uma reunião com as comissões de utentes da região para fortalecer as reivindicações.
Apesar de não ser uma competência municipal Fernando Paulo Ferreira diz que os serviços municipais estão a tentar ajudar atendendo os utentes que precisam nos balcões SNS 24, o que mesmo assim não tem sido suficiente. A ideia é reforçar o atendimento com uma bateria de teleconsultas nesses balcões e tentar implementar o projecto Bata Branca, que noutros municípios da Área Metropolitana de Lisboa tem tido bons resultados na ajuda a quem não tem médico de família permitindo um atendimento nas Instituições Particulares de Solidariedade Social que têm médicos ao serviço como as misericórdias.
“Estamos a trabalhar nesse sentido mas não está a ser fácil encontrar profissionais disponíveis para assegurar este socorro ao SNS. Tanto eu como cada um dos presidentes de junta estamos ao lado das populações e tudo faremos para melhorar as condições de atendimento. Será sempre um apoio transitório porque não podemos suportar os serviços que são do Ministério da Saúde. Mas vamos ver onde chegamos”, prometeu Fernando Paulo Ferreira.
O autarca defende a abertura de um serviço de atendimento complementar a norte do concelho para aliviar a pressão sobre o que existe na Póvoa de Santa Iria. A oposição também manifestou, em reunião de câmara, preocupações sobre o assunto. O vereador Nuno Libório, da CDU, avisa que o fim de médico em Castanheira do Ribatejo agravará ainda mais o problema e lembra os quase dois mil utentes do Centro de Saúde do Bom Sucesso que este mês também ficaram sem médico. “A situação agravou-se e temos mais de 70 mil pessoas sem médico neste momento no concelho”, avisa. Também Vítor Silva, da Coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), lamenta o desgoverno da situação e os números assustadores de pessoas sem resposta clínica.

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