Sociedade | 25-01-2023 12:00

Estádio Municipal de Tomar não existe no papel

Estádio Municipal de Tomar não existe no papel
Serviços descobriram que a estrutura nunca teve licença o que significa que é como se nunca tivesse existido

Município de Tomar descobriu que o Estádio António Eduardo Fortes – Totói nunca teve licença, situação que impede as intervenções de requalificação da infraestrutura. Executivo admite que situação pode ser irreversível.

O projecto de mais de dois milhões de euros para requalificar o Estádio Municipal de Tomar (António Eduardo Fortes – Totói) está suspenso por falta de licença. Hugo Cristóvão, vice-presidente da autarquia, revelou que os serviços descobriram que a estrutura nunca teve licença, o que significa que é como se nunca tivesse existido. A informação foi partilhada na última sessão camarária, que se realizou a 9 de Janeiro, depois do vereador Tiago Carrão (PSD) questionar sobre os desenvolvimentos do projecto e para quando a sua conclusão, tendo insinuado que a maioria socialista tem sido pouco objectiva em relação aos prazos. Recorde-se que o município quer realizar melhoramentos nos balneários, criar um ginásio e uma sala de preparação física. Alargar a bancada também é uma das medidas.
O vice-presidente explicou então que o projecto está numa fase avançada, embora tenha sido suspenso por o estádio nunca ter tido licença. Confessando surpresa pela situação, Hugo Cristóvão explicou que o problema agrava-se porque o estádio está construído numa zona de cheia, obrigando assim ao parecer de entidades, nomeadamente da APA (Agência Portuguesa do Ambiente). “Estamos com algumas dificuldades. É como se fossemos construir um equipamento novo”, disse. O autarca afirmou que seria tudo mais fácil se lá estivesse construído um edifício. O problema é que o que existe são balneários em contentores pré-fabricados e umas bancadas também provisórias.
“Tenho de ser totalmente honesto. Não sei se vai ser possível conseguir autorização para construção naquele local. A lei da água é muito complexa e exigente. Estamos a tentar trabalhar nisso”, sublinhou, acrescentando que estão a fazer os possíveis para justificarem perante as entidades que o estádio existiu durante décadas, embora não tenham sido realizados os procedimentos legais necessários para a sua formalização.

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