Pandemia teve impactos negativos nas dádivas de sangue no CHMT

Centro Hospitalar do Médio Tejo teve uma diminuição de 9,9% no número no número de dádivas, com um decréscimo mais acentuado em Março e Abril de 2020, correspondendo ao início dos primeiros casos de Covid-19 em Portugal.
O serviço de Sangue/Imuno-hemoterapia do CHMT (Centro Hospitalar do Médio Tejo) realizou um estudo para ser apresentado em formato de poster científico no XII Congresso da Associação Portuguesa de Imuno-hemoterapia. O tema do trabalho é sugestivo: “Poderá uma pandemia travar uma boa acção? Realidade do Serviço de Imuno-hemoterapia do CHMT”.
O objectivo do estudo foi analisar o impacto da pandemia Covid-19 nas dádivas de sangue do CHMT no período entre 2020 e 2021, comparando estes dados com os do ano 2019 (pré-pandemia). Pretendeu-se perceber qual a influência da pandemia na dádiva de sangue no referido período. Foi possível verificar que, entre 2019 e 2020, houve uma diminuição de 9,9% no número no número de dádivas, com um decréscimo mais acentuado em Março e Abril correspondendo ao início dos primeiros casos de Covid-19 em Portugal e consequente primeiro confinamento. Entre 2020 e 2021, verificou-se o inverso: um aumento de 6,3% no número de dadores inscritos, provavelmente associado ao desconfinamento, à vacinação, à retoma da confiança dos dadores e à promoção da dádiva.