Sociedade | 30-01-2023 21:00

Mais 600 mil euros para construção da nova esquadra da PSP no Entroncamento

Município do Entroncamento aguarda que o Ministério da Administração Interna devolva contrato para avançar com lançamento do concurso público para a obra, prometida há décadas.

A construção da nova esquadra da PSP no Entroncamento, uma obra prometida há mais de duas décadas, está orçamentada em mais de dois milhões de euros, acrescidos de IVA. Em 2022 a obra estava orçada em um milhão e quatrocentos mil euros, menos 600 mil euros que o preço actual. Uma derrapagem no preço que teria sido evitada se a obra, colocada em diversos orçamentos de Estado durante anos, tivesse avançado.
Na última sessão camarária, o presidente da Câmara do Entroncamento, o socialista Jorge Faria, informou o restante executivo municipal que já receberam do Ministério da Administração Interna, e validaram, a proposta de minuta do contrato interadministrativo para a construção da esquadra da PSP do Entroncamento. “Falta o MAI devolver o contrato assinado para podermos avançar com o lançamento do concurso público”, explicou Jorge Faria.
A construção da nova esquadra da PSP no Entroncamento tem sido notícia frequente nos últimos anos por estar prometida e nunca sair do papel. No início de Janeiro deste ano a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) considerava a O MIRANTE que a velha esquadra da PSP do Entroncamento não tem condições e é um mau exemplo. “Muitas obras acabam por não sair do papel e outras ficam em fila de espera porque se dá prioridade a umas e não a outras. A esquadra do Entroncamento é daquelas que deveria ser prioritária e deixar de ser uma promessa”, sublinhou o presidente adjunto da ASPP, Paulo Macedo.
O dirigente sindical da PSP refere que os polícias, antes de prestarem serviço à população, têm que ter condições de trabalho adequadas às funções que exercem. “As condições de muitas esquadras do país, onde se inclui a do Entroncamento, estão abaixo do mínimo expectável. Quem sofre com a falta de condições de trabalho não são só os polícias, mas também a população uma vez que o trabalho da Polícia está dificultado com a falta de condições”, critica.
Paulo Macedo defende que uma esquadra tem que ter espaços adequados para as pessoas apresentarem queixa, por vezes queixas de violência doméstica que necessitam de espaços com maior privacidade e conforto. Não é o caso da esquadra do Entroncamento, localizada numa vivenda, na Rua 5 de Outubro. “A esquadra do Entroncamento é um exemplo de que os polícias não têm condições para exercer bem as suas funções. Convém ter um espaço adequado para trocar de roupa, balneários, cacifos, zonas de descanso, zona de refeições e condições adequadas a nível climatérico”, lamenta.
A situação da esquadra da PSP no Entroncamento é assunto recorrente nas diversas sessões da assembleia municipal. Na última, realizada em Dezembro do ano passado, o eleito do CDS, Pedro Gonçalves, considerou “vergonhoso” que o executivo municipal ainda não tenha conseguido que a nova esquadra da PSP na cidade ainda não tenha sido construída. Pedro Gonçalves afirma que há mais de 20 anos que ouve falar numa nova esquadra e não entende como é que o executivo municipal, sendo do mesmo partido do Governo, não faz pressão para que a obra avance.

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