VFX nomeia representante para comissão que acompanhará fecho de aterro
Encerramento do aterro de Mato da Cruz é uma reivindicação com mais de uma década
A vice-presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Marina Tiago, foi a escolhida pelo município para representar a câmara na nova comissão de acompanhamento local do aterro sanitário de Mato da Cruz. A designação da autarca para a comissão foi solicitada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo. A expectativa é que a comissão possa vir a acompanhar o encerramento gradual do aterro sanitário, uma medida há muito reivindicada pela comunidade. Nas suas faltas e impedimentos o município será representado por Catarina Conde, directora do departamento municipal de ambiente e espaço público. A proposta foi aprovada por maioria em reunião de câmara com a abstenção da CDU.
O presidente do município, Fernando Paulo Ferreira, voltou a defender a importância da comissão na fiscalização dos impactos causados pela exploração da pedreira mas também como forma de acompanhar o processo de selagem de algumas células do aterro. “No mandato anterior foi criada uma comissão informada mas ter saído agora legislação sobre isto dá mais poder à comissão para actuar. Embora ainda seja cedo para falar dela”, notou.
O fecho do aterro sanitário é há muito reclamado pela comunidade. No final de 2022 foi a vez do executivo da União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho também manifestar a vontade de que aquele equipamento feche portas rapidamente. O presidente da junta diz esperar que agora que a unidade de São João da Talha foi reparada e a circulação de camiões para Mato da Cruz abrandou a selagem da terceira célula esteja para breve.
Numa das últimas assembleias de freguesia também José Avelar, membro do antigo movimento cívico O Estado de Arcena, lembrou as promessas deixadas pelo anterior executivo da câmara que dava conta de um encerramento da unidade em Dezembro de 2022, o que não veio a verificar-se. “Gostava que a junta esteja atenta. Já lá vão onze anos desde a luta contra o alargamento da pedreira em Arcena e não há meio de ver o encerramento total e definitivo do aterro e a sua devolução à comunidade como jardim”, lamentou.