Sociedade | 01-02-2023 18:00

APA ainda sem datas para remover os jacintos de água do Sorraia

APA ainda sem datas para remover os jacintos de água do Sorraia
Jacintos de Água estão a ser uma praga difícil de combater no rio Sorraia

A solução definitiva para retirar a planta invasora do rio Sorraia ainda não passou do papel. A Agência Portuguesa do Ambiente garante que o assunto está a ser estudado com a “comunidade científica”.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) não se compromete com datas para ter no terreno a solução definitiva para a remoção dos jacintos de água do rio Sorraia. Em declarações a O MIRANTE, o vice-presidente da APA, José Pimenta Machado, não garante que no Verão de 2023 o problema já esteja tratado. “Aquilo que posso garantir é que estamos a construir uma solução com Coruche e Benavente. Só quando me sentar à mesa com os dois municípios e a solução estiver fechada é que será divulgada publicamente”, afirmou.
A solução para esta planta invasora, manual ou mecanizada, tem que ser rápida e definitiva, para que os jacintos não proliferem no rio. “É necessário uma estrutura organizada para encontrar a solução e esse trabalho está a ser feito, com o envolvimento da comunidade científica”, acrescentou o responsável.
A praga de jacintos de água, que afecta a fauna e flora, sobretudo no Verão, num troço de 18 quilómetros do rio Sorraia, entre Coruche e Benavente, é um problema que começou a ganhar maiores proporções a partir de 2017 e em 2019 já se falava numa solução conjunta envolvendo a APA e os dois municípios. De acordo com a Administração da Região Hidrográfica do Tejo e do Oeste, a planta não é tóxica para pessoas e animais, mas pode provocar danos graves na qualidade da água.

Problema agrava-se ano após ano
A falta de soluções é criticada e lamentada pelo presidente da Câmara de Coruche, Francisco Oliveira. “O que é facto é que a APA ainda não conseguiu implementar o plano de gestão, que consistia na limpeza dos jacintos e por isso ano após ano o problema vai-se agudizando”, disse o autarca a O MIRANTE.
Nesta altura, e por causa das fortes chuvadas, as plantas acabaram por ser arrastadas e ficaram presas nas pontes do rio Sorraia, sendo necessária a sua limpeza. O autarca de Coruche sublinha ainda que já informou a APA da situação e por isso aguarda, que através da Associação de Regantes do Vale do Sorraia, as infraestruturas possam ficar livres de jacintos de água.

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