Sociedade | 01-02-2023 12:00

Chamusca volta a ser esquecida na lista de colocação de médicos de família

Chamusca volta a ser esquecida na lista de colocação de médicos de família
Unidade de Saúde Familiar da Chamusca ficou, mais uma vez, fora da lista para colocação de médicos de família

Executivo da Chamusca debateu sobre o facto do concelho ter ficado mais uma vez de fora da lista que vai a concurso público para a colocação de médicos de família. Oposição à maioria socialista pede mais proactividade e intervenção do poder local.

A Unidade de Saúde Familiar da Chamusca (USF), integrada no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Lezíria, ficou mais uma vez fora da lista que foi a concurso público para a colocação de médicos de família. A informação foi partilhada em reunião de executivo municipal de 10 de Janeiro. Perante mais uma derrota no que ao acesso a cuidados de saúde diz respeito a oposição à maioria socialista criticou a passividade na forma como tem sido gerido o dossiê.
O vereador Tiago Prestes (CDS/PSD) afirmou que a Chamusca não pode continuar a ser esquecida e que o poder local tem que fazer barulho para o concelho ser respeitado pelas entidades que decidem. “Temos que ter uma postura mais rígida. Situações como esta merecem mais intervenção e proactividade de quem comanda os destinos do concelho”, afirmou Tiago Prestes, dirigindo-se a Paulo Queimado, presidente da câmara. Gisela Matias, vereadora eleita pela CDU, também desafiou o executivo a fazer mais para contornar a situação. “Temos de ser ouvidos. Temos de conseguir falar com quem decide”, afirmou.
A USF da Chamusca (USF) e a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados da Chamusca (UCSP), servem cerca de oito mil utentes no concelho. A unidade principal já chegou a trabalhar apenas com um médico. Actualmente, segundo apurou O MIRANTE, existem dois médicos a trabalhar para servir toda a população. A falta de médicos no concelho também tem tido repercussões nas freguesias de Ulme, Vale de Cavalos e Parreira, onde estão extensões de saúde sempre, ou quase sempre, sem médico. Na Carregueira, por exemplo, a extensão presta cuidados de saúde à população, mas não garante médico de família para os seus mais de 1.700 utentes.
Recorde-se que entrou em vigor, em Novembro do ano passado, um regulamento de apoio à fixação de profissionais de saúde na Chamusca, à semelhança do que acontece em outros concelhos da região. Um dos objectivos é diminuir a rotatividade de clínicos que tem causado grandes constrangimentos e períodos prolongados de falhas ao nível da prestação de cuidados de saúde à população, que é na sua grande maioria idosa.

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