Sociedade | 01-02-2023 12:00

Obras na Colónia Balnear da Nazaré podem ficar a cargo da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo

Obras na Colónia Balnear da Nazaré podem ficar a cargo da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo
Edifício da Colónia Balnear da Nazaré encontra-se degradado e a necessitar de obras urgentes há mais de uma década

A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo propõe-se a fazer aquilo que a Associação Municipal do Vale do Tejo não tem conseguido concretizar desde que foi criada.

A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo propõe-se a fazer aquilo que a Associação Municipal do Vale do Tejo não tem conseguido concretizar desde que foi criada: cuidar da Colónia Balnear da Nazaré, emblemático património que se encontra bastante degradado. A proposta não é consensual entre os municípios da região.

A Colónia Balnear da Nazaré está no centro da discórdia entre alguns municípios que integram a Associação de Municípios do Vale do Tejo (AMVT), que detém, além do imóvel degradado da Colónia Balnear, também o arquivo distrital. Municípios como Ourém e Entroncamento estão a ponderar sair da AMVT embora ainda não tenham tomado uma decisão, que tem que ser aprovada em reunião de câmara e assembleia municipal.
Em cima da mesa está uma proposta da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), para que a AMVT lhe ceda a Colónia Balnear da Nazaré por um determinado número de anos, ainda não definidos, ficando a CIMLT responsável por fazer as obras de recuperação e manutenção do edifício, que está encerrado desde 2008, num investimento de cerca de cinco milhões de euros. Os municípios que não integram a CIMLT não comparticipam as obras mas terão acesso ao edifício sempre que for mais conveniente para todos.
O presidente da Câmara do Entroncamento falou do assunto na última reunião de câmara. Jorge Faria confessou que não tem sido fácil haver acordo entre todos os municípios. “Nas últimas reuniões da associação foi pedido que cada município assumisse a sua quota-parte num valor de financiamento externo. Algumas autarquias mostraram-se divergentes nesta matéria tendo em conta o valor demasiado elevado que é necessário para reabilitar o edifício”, explicou Jorge Faria, acrescentando que há municípios a considerar a saída da AMVT, onde se inclui o do Entroncamento.
O presidente da assembleia-geral da AMVT, Miguel Borges, que também é presidente da Câmara do Sardoal, explicou a O MIRANTE que foi pedido a todos os municípios que manifestem qual a sua intenção em relação à proposta ou à sua continuidade na associação, para depois se marcar nova assembleia-geral para tomar uma decisão final.
A colónia foi inaugurada em 1941 e teve várias utilizações, tendo servido para alojar os chamados “retornados” das ex-colónias, entre 1974 e 1980. Depois foram feitas reparações e ampliações para servir para a Ocupação de Tempos Livres, conferindo-lhe uma vertente de solidariedade social e de reinserção social para crianças e idosos carenciados do distrito de Santarém. O espaço fechou em 2009 por não cumprir as normas de higiene e segurança exigidas. Na altura era propriedade da Assembleia Distrital de Santarém (entretanto extinta) e em 2011 foi criada a Associação de Municípios do Vale do Tejo, julgando-se que desta forma seria mais célere recuperar o imóvel.
Fazem parte da Associação dos Municípios do Vale do Tejo os concelhos de Abrantes, Alcanena, Almeirim, Alpiarça, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Mação, Ourém, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém, Sardoal, Tomar e Torres Novas. Com a extinção das assembleias distritais, em 2014, o edifício da Colónia Balnear da Nazaré passou a ser propriedade da AMVT.

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