Sociedade | 01-02-2023 10:00

Sindicato preocupado com falta de efectivos nos Bombeiros de Coruche

As preocupações do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais já foram transmitidas a autarcas de Coruche.

Recrutamento com melhores salários e escalas com doze horas de trabalho são algumas das revindicações. O concurso para o posto de comandante ainda não está terminado.

O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) esteve reunido, a 18 de Janeiro, com a presidente da Assembleia Municipal de Coruche, Berta Santos. A O MIRANTE o presidente do SNBP, Sérgio Carvalho, diz que foi feita uma exposição por causa da falta de efectivos no corpo de Bombeiros Municipais de Coruche. Actualmente estão entre três a cinco elementos por turno quando o ideal seriam dez operacionais. Além disso, o dirigente sindical garante que os bombeiros “estão a ser roubados na hora de almoço e jantar” uma vez que são chamados para fazer serviço durante esse período.
Os dirigentes do sindicato defendem que deve ser assegurada a escala de reforço e que o horário de trabalho seja reorganizado em turnos de 12 horas, a exemplo do que foi praticado durante o período mais agudo da pandemia Covid-19, reforçando também o número de bombeiros por turno para garantir uma melhor capacidade de resposta ao socorro. “Quando estão bombeiros de baixa ou de férias o quartel fica apenas com um elemento ou a telefonista. Não podemos contar com as corporações vizinhas porque também sofrem grande pressão no serviço pré-hospitalar”, refere.
Na mesma reunião foi ainda solicitada ao município a colocação de uma ambulância do INEM e a criação de dois postos avançados ou destacamentos nas localidades mais distantes da sede de concelho. “Um bombeiro que viva no Couço é chamado para um serviço. Vai ao quartel buscar a viatura, em Coruche, para depois regressar ao serviço no Couço. Que sentido é que isto faz?”, lamenta o presidente do SNBP.
A Câmara de Coruche lançou em Dezembro do ano passado o concurso interno geral para o posto de comandante dos bombeiros municipais mas o processo ainda está a decorrer. Sérgio Carvalho explica que só seis pessoas se candidataram ao processo de recrutamento e destas só duas passaram à fase seguinte. “Neste contexto, o SNBP considera importante a abertura de recrutamento com condições laborais e salariais mais atractivas, assim como um concurso de promoções”.

Câmara está a avaliar soluções
O presidente da Câmara de Coruche, Francisco Oliveira, garante estar a avaliar com os sindicatos quais as soluções para conseguir melhor resposta de socorro às populações. O autarca afiança que os horários implementados são os que servem melhor a comunidade e que “um bombeiro tem de ter disponibilidade permanente para as solicitações, como acontece num incêndio. O resto são questões orgânicas e internas”.
Actualmente, além do processo de recrutamento para comandante, que deverá estar concluído entre Fevereiro e Março, está a decorrer o concurso para novos sapadores. A câmara está ainda a recrutar um coordenador municipal da Protecção Civil. “A dificuldade de recrutamento acontece porque o limite de idade para concorrer são 25 anos. Os municípios que têm bombeiros municipais estão a tentar junto do Governo a alteração à lei para permitir um alargamento da idade limite”, refere Francisco Oliveira a O MIRANTE.

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