Concurso para médicos fica aquém das necessidades do distrito de Santarém
PCP considera manifestamente insuficientes as vagas abertas para médicos de família e de saúde pública na região ribatejana
A Direcção da Organização Regional de Santarém (DORSA) do PCP considera que o concurso para médicos de família e de saúde pública, aberto pelo Governo no dia 9 de Janeiro, “fica aquém das necessidades do distrito de Santarém”. Em comunicado, a DORSA refere que, das 220 vagas abertas - 196 para Medicina Geral e Familiar (MGF) e 24 para Saúde Pública (SP) -, ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lezíria couberam “apenas duas vagas de MGF e zero de SP”, enquanto para o ACES Médio Tejo foram abertas quatro vagas de MGF e zero de SP.
“Numa altura em que, aproximadamente, 1,5 milhões de utentes em Portugal não tem médico de família, sendo 100 mil residentes no distrito de Santarém, o número de vagas abertas para MGF está muito aquém das reais necessidades”, afirma o comunicado, o qual salienta o facto de “o número de vagas ser inferior ao número total de candidatos a concurso”.
Por outro lado, segundo o PCP, a situação em matéria de profissionais de Saúde Pública “é dramática” na Lezíria, onde apenas existem três médicos desta especialidade quando deveriam existir oito, sendo que, no Médio Tejo, dos oito necessários apenas existem cinco, e, em ambos os ACES, “não houve abertura de concurso”.