Uma terapeuta que se dedica à olaria em Tomar
Carina Graça apaixonou-se pela olaria depois de ter um filho e de lançar um livro de poesia. Natural de Tomar, com 32 anos, é formada em terapia ocupacional, mas é na arte que se sente realizada profissionalmente.
Carina Graça começou a trabalhar muito cedo, ajudando o pai na construção civil até aos 13 anos. Afirma que o seu gosto pelo por trabalhar o barro começou aí. “No outro dia fiz um candeeiro e quando olhei para ele estava mesmo a rever o meu pai a betumar as paredes e a trabalhar com cimento", conta a O MIRANTE, recordando que gostava de acompanhar o pai nas empreitadas.
A conexão com o barro deu-se quando saiu de Lisboa, onde era terapeuta ocupacional, após a conclusão do curso da Escola Superior de Saúde do Alcoitão. Entretanto foi morar para a zona de Alvaiázere para trabalhar numa estufa. "Queria ligar-me à terra e à agricultura, também pelo facto de ter sido mãe. Quando cheguei à estufa reparei que tudo era plástico e as coisas acabavam por secar e quebrar. Aí pensei que seria interessante trabalhar com o barro e comecei à procura de oleiros", explica. Em 2021 teve conhecimento de um curso em Tomar onde conheceu o mestre Celestino Marques, que a cativou pela sua simplicidade. "Na primeira vez que entrei na olaria do Celestino Marques, na Charneca da Peralva, fiquei apaixonada pela sua simplicidade. Deu-me motivação e vontade de aprender", recorda.
*Leia a reportagem desenvolvida na edição semanal em papel desta quinta-feira, 2 de Fevereiro