Na Póvoa de Santa Iria ajudou-se os escuteiros com humor
Iniciativa do Agrupamento de Escuteiros 773 teve como objectivo ajudar os lobitos a angariar fundos para a sua viagem a Assis, em Itália. Marcaram presença seis artistas diferentes para uma noite repleta de animação e humor.
Sérgio Lopes, Carolina Pinto, João Rocha, Álvaro Cláudio, Catarina Pinkie e Laura foram os artistas que, na noite de sábado, 28 de Janeiro, subiram ao palco do salão dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Santa Iria para uma noite de muita animação e humor. O principal objectivo do espectáculo foi angariar fundos para ajudar os 26 lobitos do Agrupamento 773 do Corpo Nacional de Escutas da Póvoa de Santa Iria a viajar até Assis, em Itália, para uma actividade regional que se realiza de quatro em quatro anos.
“Esta é uma viagem que acarreta custos elevados e isto é sempre uma maneira de envolvermos as nossas crianças, de estarmos juntos e de estarmos perto da comunidade, no final é isso que importa”, afirma Cláudia Correia, chefe da alcateia. Habituados a arregaçar as mangas e arranjar maneiras criativas de angariar fundos, a ideia de realizar uma noite de stand-up comedy (comédia de improviso) surgiu através de Marina Justo, que convidou uma das amigas a juntar-se à iniciativa. As expectativas para a noite foram superadas com mais de uma centena de reservas para o espectáculo.
Carolina Pinto trabalha com Marina Justo e foi através dela que decidiu ajudar a angariar fundos para os lobitos. Contactou os amigos e colegas comediantes e não hesitou em ajudar a organizar a noite. A comédia surgiu na sua vida durante a pandemia e o confinamento. Descobriu um curso de stand-up online e não olhou para trás. Vê a comédia como uma boa aventura e uma forma de “exorcizar os demónios” do dia-a-dia.
Já João Rocha sempre gostou de fazer rir as pessoas. Depois de muitos anos em trabalhos que não o satisfaziam decidiu dar uma oportunidade ao stand-up. Faz da graça profissão e confessa que a inspiração vem de todo o lado e a toda a hora. “Sempre tive uma queda para palhaço e gostei de meter as pessoas a rir, trabalhei em algumas coisas mas cheguei a um momento em que disse “chega” e optei por experimentar o stand-up”, conta a O MIRANTE.
Também Sérgio Lopes, da Póvoa de Santa Iria, começou com um curso de stand-up durante a pandemia. Diz que a comédia sempre foi parte de si e que as redes sociais eram onde muitas vezes partilhava as suas piadas. Para os comediantes não houve dúvidas em participar na angariação de fundos para a viagem dos escuteiros e concordam que na comédia não existem temas proibidos, mas é possível que o outro lado não goste da piada. Quando se toca em temas mais sensíveis a piada tem que ser superior ao choque. Aí está a capacidade de uma pessoa conseguir fazer bem o humor, afirmam.