Idoso de Marinhais burlado em quase mil euros através das redes sociais
Morador da vila de Marinhais, no concelho de Salvaterra de Magos, apresentou queixa na GNR depois de ter recebido um segundo pedido de transferência bancária. Burlões fizeram-se passar pelo seu filho que trabalha no Reino Unido.
Um idoso, de 73 anos, residente na vila de Marinhais, foi burlado através de um esquema nas redes sociais e ficou sem cerca de mil euros na quarta-feira, 25 de Janeiro. Ao que O MIRANTE conseguiu apurar junto da família da vítima, que preferiu não ser identificada neste artigo, os burlões utilizaram as redes sociais para enviar várias mensagens fazendo-se passar pelo filho que vive e trabalha no Reino Unido. Na primeira mensagem, segundo explicaram ao nosso jornal, pode ler-se: “Pai, este é o meu número novo, preciso que me faças uma transferência no valor de 970 euros”.
Preocupado com o bem-estar do filho, que está fora do país, o pai não hesitou e realizou a transferência da verba no próprio dia. Os burlões voltaram a contactá-lo no dia seguinte, 26 de Janeiro, para pedir uma nova transferência bancária, desta vez com uma quantia superior a mil euros. O segundo contacto deixou-o desconfiado e por isso decidiu contar o episódio à sua nora, que também reside na vila do concelho de Salvaterra de Magos, para entender o que se passava. Depois de descobrir que o filho nunca tinha enviado qualquer mensagem a vítima da burla dirigiu-se ao posto da Guarda Nacional Republicana de Marinhais e apresentou queixa. As autoridades não esconderam a dificuldade de resolução destes casos e alertaram o idoso para que não voltasse a responder a comunicações suspeitas sem confirmar primeiro se o contacto pertence ou não à pessoa que o está a contactar.
Recorde-se que, recentemente, O MIRANTE noticiou o caso de Joana Silva, natural de Tomar, que denunciou uma tentativa de burla que tem vindo a ser cada vez mais frequente. Os burlões utilizaram uma foto sua e, através do WhatsApp, pediram dinheiro a um familiar que, por não reconhecer o número, não caiu na armadilha. Este tipo de burla começou a ser identificada em 2021 no Reino Unido, onde os prejuízos para as vítimas são de vários milhões de euros.