Jardim-de-infância da Calhandriz novamente a precisar de obras
Dezassete crianças estão a ter aulas num espaço que tem o tecto falso a cair e outros problemas que precisam de solução. Câmara de Vila Franca de Xira é responsável pelo espaço e garante que já tem um levantamento das necessidades. Nos últimos anos tem sido a comunidade a ajudar e a recuperar o edifício.
O Jardim-de-Infância da Calhandriz, que pertence ao Agrupamento de Escolas Pedro Jacques Magalhães, de Alverca, está a evidenciar novamente sinais da idade avançada e actualmente 17 crianças estão a ser obrigadas a ter aulas num espaço que tem parte do tecto falso a cair no refeitório, fendas nas paredes por onde entra o frio e uma fechadura exterior que nem sempre funciona.
O alerta para as más condições da escola já foi deixado por alguns pais aos responsáveis pelo agrupamento de escolas mas como o problema persiste alguns autarcas já vieram pedir também uma intervenção urgente do município na reparação do espaço. Os vereadores da coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT) avisam que o tecto falso a ameaçar cair coloca em risco as crianças que frequentam a escola e lamentam que apesar dos alertas o município apenas tenha reparado uma máquina de lavar que estava avariada.
“A câmara tem que olhar para Calhandriz e para os problemas do jardim-de-infância. Numa freguesia em que muitos gostavam de viver mas que se vêem impedidos por restrições de construção que continuam a afastar os filhos da terra, não apoiar uma escola modelo, que é muito desejada pelos pais, é mais uma forma de limitar a vida neste local do concelho”, critica a coligação.
Obras só nas férias escolares
Questionada por O MIRANTE, a Câmara de Vila Franca de Xira diz assegurar a manutenção corrente do edifício, “garantindo as condições necessárias ao normal funcionamento das actividades escolares”. A câmara garante que já foi realizado um levantamento das patologias do edifício para que possa avançar com uma intervenção de reparação, que pela sua dimensão e características não poderá ser efectuada com a actividade lectiva em curso mas sim “oportunamente” quando os alunos forem de férias.
O presidente do município, Fernando Paulo Ferreira, explica ainda que o edifício é bastante antigo e as características do terreno onde está construído, com grandes relevos, também não ajudam. “E obrigam a que regularmente tenhamos de intervir nas fissuras e aberturas que ali se registam e fazemos isso com regularidade. Ainda esta semana intervimos no portão que também apresentava deficiências”, explica.
Nos últimos anos a comunidade e os pais dos alunos têm ajudado a realizar trabalhos de manutenção da escola. Em 2018, como O MIRANTE noticiou, uma centena de pessoas juntou-se na escola a 15 de Setembro para pintar o edifício, fazer pequenos arranjos e dar uma nova vida ao edifício.