Rio Maior defende novo hospital do Oeste no concelho de Caldas da Rainha
Para o presidente da Câmara de Rio Maior, Filipe Santana Dias, a localização do novo Hospital do Oeste num terreno na confluência de Óbidos e Caldas da Rainha, porque realça que é a que melhor serve a população do seu concelho. Caso contrário cerca de 12 mil pessoas vão ficar mais desprotegidas, com menos disponibilidade de serviços e menos qualidade de assistência.
O município de Rio Maior juntou-se à defesa da localização do novo hospital do Oeste no concelho de Caldas da Rainha, juntando-se a Óbidos nessa luta. Rio Maior alega que parte da sua população é servida na unidade desta cidade. Os três municípios alertaram o Governo, na segunda-feira, 6 de Fevereiro, para a necessidade de “ter em conta critérios mais alargados” do que aqueles que foram analisados num estudo sobre a localização do futuro hospital do Oeste, cuja decisão o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou que será divulgada até ao final de Março.
O estudo, encomendado pela Comunidade Intermunicipal do Oeste, aponta o Bombarral (no distrito de Leiria), como a localização ideal para o hospitalar que deverá servir todos os concelhos do Oeste, escolha que tem sido contestada pelos municípios das Caldas da Rainha e de Óbidos, defendendo a construção do equipamento na confluência destes dois concelhos. Agora o presidente da Câmara de Rio Maior, Filipe Santana Dias, alega que “deslocalizar para fora do concelho das Caldas da Rainha esta unidade hospitalar” deixará cerca de 12 mil pessoas do seu concelho com “menos disponibilidade de serviços e menos qualidade de serviço, a partir do momento em que a distância ao hospital se torna maior”.
De acordo com o autarca, apesar de Rio Maior ter como referência o Hospital de Santarém, “grande parte da população continua a ser servida nas Caldas da Rainha, nomeadamente nos serviços de obstetrícia”. Filipe Santana Dias desafiou o ministro da Saúde a ir ao terreno para “perceber realmente o que é a influência do Centro Hospitalar do Oeste no concelho de Rio Maior”, lembrando que “não é no conforto do gabinete que se conhece o país real”.
Os três municípios defendem a localização num terreno na confluência de Óbidos e Caldas da Rainha, com uma área total de 196 mil metros quadrados e uma área bruta de construção de 75 mil metros quadrados, que permitirá servir uma população de perto de 360 mil pessoas dos concelhos de Torres Vedras, Alcobaça, Caldas da Rainha, Alenquer, Peniche, Lourinhã, Rio Maior, Nazaré, Bombarral, Cadaval e Óbidos. Realçam ainda que o equipamento ficará acessível através das auto-estradas 8 (que liga a Lisboa) e 15 (que liga a Santarém), ao itinerário principal 6 (que liga a Peniche) e com ligações a estações rodoviárias e ferroviárias o local permitirá ainda a construção de 1.700 lugares de estacionamento.
As autarquias propõem que o novo hospital tenha 600 camas de internamento, seis salas de maternidade e seis blocos operatórios, bem como 69 postos de tratamento no hospital de dia, entre outros serviços e especialidades.